quarta-feira, 3 de junho de 2015

PME que requer um debate em escala ampla e pesquisa científica foi discutido em algumas horas pela prefeitura em audiência pública

Com a ausência do secretário municipal da educação, Marcelo Abreu, prefeitura de Lauro de Freitas corre contra o tempo para mais uma vez não perder o aporte financeiro do PAR

Demorou mas a prefeitura municipal de Lauro de Fretas, abriu os olhos, depois de perder o financiamento do PAR – Plano de Ações Articuladas em 2013, agora corre contra o tempo para elaborar o PME (Plano Municipal de Educação), fundamental para ter acesso ao Plano, e durante toda a manhã de hoje (3), realizou uma audiência pública para tratar sobre o assunto.

Na mesa de debate estava o presidente do Conselho Municipal de Educação, Jaguaracy Conceição, estavam representantes da Coordenadoria Executiva da ASPROLF – Sindicato dos Trabalhadores em educação, Valdir Silva e Nícia Bastos, o vereador Lula Maciel (PT), e representantes da SEMED – Secretaria Municipal de Educação, que não contou com a presença do secretário Marcelo Abreu, que mandou um representante, o que pelos presentes foi visto como um descaso, dada a situação crítica que as finanças da pasta vem enfrentado este ano. Ponto negativo para o evento e para o Poder Executivo.

O Coordenador Geral da ASPROLF, Valdir Silva, destacou o critério de construção do PME pela gestão municipal, que deve ser construído de forma participativa, governo, trabalhador e sociedade civil, aliás esse é um dos passos que inclui o sucesso do planejamento. Ele lembrou ainda, que o PME é um projeto feito para a sociedade, e ela deve ser ouvida. "Não se faz um planejamento de educação dentro de escritório, isso não e real. É preciso ir a campo e conhecer de perto as demandas dos envolvidos nesse planejamento”.

O professor Edson Paiva afirmou que de tudo o que ele ouviu sobre as metas desse PME da prefeitura de Lauro de Lauro de Freitas, o documento lhe pareceu copia de alguma coisa, “além de não pensar a realidade das escolas e do público que é atendido pra quem ele é direcionado, como os indígenas e quilombolas”, o que mostra que não houve censo para conhecer essas realidades. Lembrando que este estudo científico é uma etapa imprescindível para o sucesso da aplicação do Plano. 

Professor Carlos Jose, Coordenador Financeiro da ASPROLF, questionou a metodologia dessa Audiência Pública do PME, que além de está sendo feitas às pressas, não tem a mesa representantes da sociedade, como deve de fato ser esse tipo de discussão. É o que é mais grave, a falta de informação documental e de embasamento de pesquisa da realidade do município e nítida na fala dos representantes do governo laurofreitense. 

Apesar das contestações nas falas e outras à favor, no final do debate foi construído o documento do PME de Lauro de Freitas, com 20 metas que agora segue para o Executivo para alteração e depois será enviado à Câmara Municipal de Lauro de Freitas para votação do texto.

Lembrando que o prazo estipulado pelo MEC para entrega do Plano é até o próximo dia 24. O Planejamento é fundamental para ‘traçar o caminho da educação brasileira para a próxima década’. Lauro de Freitas que tem experiências em deixar passar o financiamento do PME e perder o aporte financeiro, agora corre contra o relógio.