Paralisação Nacional
em Defesa da Educação em Lauro de Freitas unificou a luta de entidades de
classe do município para exigir do governo respeito e valorização dos
profissionais
Atendendo ao chamado da CNTE
(Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), e Centrais Sindicais, na
Paralisação Nacional em Defesa da Educação Pública de Qualidade, a ASPROLF-
Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Lauro de Freitas saiu às ruas durante
a manhã de hoje (30) e convocou entidades sindicais do município de Lauro de
Freitas para cobrar da gestão municipal o cumprimento da pauta reivindicatória
das categorias.
Com trio elétrico e o grito de “eu
tô firme e forte nessa batalha” as categorias ocuparam as o centro de Lauro de
Freitas para cobrar do prefeito Márcio Paiva, melhores condições de trabalho e respeito
ao profissional. O grito que estava preso na garganta ecoou e os servidores
representados pela ASPROLF, ASSEPMULF (Associação dos Servidores Públicos do
Município de Lauro de Freitas) representados também pelos servidores da
fazenda, saúde, secretaria de planejamento, assistentes administrativos e engenheiros
, ASGSULF (Associação dos Guardas Municipais de Lauro de Freitas), Sindicato
dos Psicólogos, ABASA (Associação Baiana do Salvamento Aquático), Salva Vidas,
entre outras categorias uniram força na luta de um direito comum. O protesto teve como objetivo, esclarecer a
população as reais condições dos serviços públicos do município que sofrem com
o descaso do governo. Com faixas de protesto, contra cheques e muita revolta os
trabalhadores bradaram ‘trabalhador na rua, prefeito a culpa é sua!’ A
manifestação é sobretudo, uma forma de pressionar a gestão municipal a atender
as necessidades dos servidores e do serviço público, que tem como ‘cliente’ a
população como um todo.
Lembrando que amanhã é 1º de
maio, Dia do Trabalhador, o mobilização de hoje também foi um ato comemorativo
para o trabalhador, mas de repúdio ao governo. As representações sindicais do
município que estão desde o início deste mês estão em negociação com a gestão
municipal da pauta unificada, que entre outros pontos, pede reajuste linear
para o serviço público e valorização dos profissionais, no que diz respeito à
qualificação e treinamento, reclamam da falta do prefeito na mesa de
negociação, já que ele não recebe os trabalhadores e coloca seu secretário de
governo para negociar, mas não oferece nenhum avanço.
Na pauta da educação, a categoria
que está em estado de greve desde o mês passado vem tentando negociar solução
para a falta de professores em sala de aula (desde o início deste ano letivo),
com o prefeito Márcio Paiva, que mantém o mau hábito de não comparecer às
reuniões, enviando sempre o secretário de governo para substituí-lo e não
oferecendo nenhuma saída para o caos instalado na rede. Vale salientar que esse
déficit de docentes está causando uma evasão escolar, como pontuou uma diretora
de escola. Que também passa por falta de equipamentos em sala de aula, como
carteiras para os alunos, mobiliário para o professor, ventiladores em salas,
etc, todos sem solução desde o início do ano.
Os trabalhadores em educação, que
estão em Campanha Salarial, vem também tentando negociar com o governo, a
atualização do Piso da categoria, e essa é outra dificuldade, já que o governo
além de não querer pagar o Piso apontado pelo MEC de 13,01%, quer condicionar a
atualização do valor, à suspensão da Redução da Carga Horária de Trabalho, um
direito legítimo, conquistado com muita luta pelo sindicato e que além de tudo
é uma extensão da Lei Federal. Pra conhecimento é bom salientar que a nomenclara
de ‘reajuste’, sempre muito usada pelo governo, não faz jus ao trabalhado do
educador que na verdade deve ter seu salário atualizado e ser devidamente valorizado
como profissional, e isso gera uma consequência óbvia que é pensar na qualidade
da educação.
As representações sindicais
afirmam que está mais do que na hora do governo entender que valorizar o
profissional é valorizar o serviço público. O presidente da Guarda Municipal, Miguel
Nonato, aproveitou para denunciar a precarização do trabalho dos servidores,
que auxiliam à segurança pública do município. De acordo com Nonato, as
viaturas estão sucateadas, os trabalhadores estão sem curso de capacitação e
todos esses problemas já foram levados ao governo que num completo descaso,
nada faz. Com os índices de violência cada vez maiores, não há como existir
qualidade no combate à criminalidade sem investimento na segurança. Chico,
presidente da ASSEPMULF, destacou a unificação da lutas das entidades sindicais
é para esclarecer à população as reais condições do serviço público da cidade e
precarização do trabalho, e chamou a atenção para o tratamento dado ao prefeito
para o servidor antes e depois das eleições, “queremos respeito”, exigiu.
Na chega à praça da Matriz em
frente à prefeitura, uma fina chuva caiu para refrescar os trabalhadores que
novamente gritaram para o prefeito Márcio Paiva, que estão “firmes e fortes
nessa batalha, a batalha dos trabalhadores do município de Lauro de Freitas, e
não abrem mão de tratamento digno, investimento nas carreiras, políticas
pública, e serviço público de qualidade.