quinta-feira, 30 de abril de 2015

Firmes e fortes trabalhadores unificaram a força na luta pela valorização do profissional

Paralisação Nacional em Defesa da Educação em Lauro de Freitas unificou a luta de entidades de classe do município para exigir do governo respeito e valorização dos profissionais

Atendendo ao chamado da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), e Centrais Sindicais, na Paralisação Nacional em Defesa da Educação Pública de Qualidade, a ASPROLF- Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Lauro de Freitas saiu às ruas durante a manhã de hoje (30) e convocou entidades sindicais do município de Lauro de Freitas para cobrar da gestão municipal o cumprimento da pauta reivindicatória das categorias.

Com trio elétrico e o grito de “eu tô firme e forte nessa batalha” as categorias ocuparam as o centro de Lauro de Freitas para cobrar do prefeito Márcio Paiva, melhores condições de trabalho e respeito ao profissional. O grito que estava preso na garganta ecoou e os servidores representados pela ASPROLF, ASSEPMULF (Associação dos Servidores Públicos do Município de Lauro de Freitas) representados também pelos servidores da fazenda, saúde, secretaria de planejamento, assistentes administrativos e engenheiros , ASGSULF (Associação dos Guardas Municipais de Lauro de Freitas), Sindicato dos Psicólogos, ABASA (Associação Baiana do Salvamento Aquático), Salva Vidas, entre outras categorias uniram força na luta de um direito comum.  O protesto teve como objetivo, esclarecer a população as reais condições dos serviços públicos do município que sofrem com o descaso do governo. Com faixas de protesto, contra cheques e muita revolta os trabalhadores bradaram ‘trabalhador na rua, prefeito a culpa é sua!’ A manifestação é sobretudo, uma forma de pressionar a gestão municipal a atender as necessidades dos servidores e do serviço público, que tem como ‘cliente’ a população como um todo.

Lembrando que amanhã é 1º de maio, Dia do Trabalhador, o mobilização de hoje também foi um ato comemorativo para o trabalhador, mas de repúdio ao governo. As representações sindicais do município que estão desde o início deste mês estão em negociação com a gestão municipal da pauta unificada, que entre outros pontos, pede reajuste linear para o serviço público e valorização dos profissionais, no que diz respeito à qualificação e treinamento, reclamam da falta do prefeito na mesa de negociação, já que ele não recebe os trabalhadores e coloca seu secretário de governo para negociar, mas não oferece nenhum avanço.

Na pauta da educação, a categoria que está em estado de greve desde o mês passado vem tentando negociar solução para a falta de professores em sala de aula (desde o início deste ano letivo), com o prefeito Márcio Paiva, que mantém o mau hábito de não comparecer às reuniões, enviando sempre o secretário de governo para substituí-lo e não oferecendo nenhuma saída para o caos instalado na rede. Vale salientar que esse déficit de docentes está causando uma evasão escolar, como pontuou uma diretora de escola. Que também passa por falta de equipamentos em sala de aula, como carteiras para os alunos, mobiliário para o professor, ventiladores em salas, etc, todos sem solução desde o início do ano.
Os trabalhadores em educação, que estão em Campanha Salarial, vem também tentando negociar com o governo, a atualização do Piso da categoria, e essa é outra dificuldade, já que o governo além de não querer pagar o Piso apontado pelo MEC de 13,01%, quer condicionar a atualização do valor, à suspensão da Redução da Carga Horária de Trabalho, um direito legítimo, conquistado com muita luta pelo sindicato e que além de tudo é uma extensão da Lei Federal. Pra conhecimento é bom salientar que a nomenclara de ‘reajuste’, sempre muito usada pelo governo, não faz jus ao trabalhado do educador que na verdade deve ter seu salário atualizado e ser devidamente valorizado como profissional, e isso gera uma consequência óbvia que é pensar na qualidade da educação.   

As representações sindicais afirmam que está mais do que na hora do governo entender que valorizar o profissional é valorizar o serviço público. O presidente da Guarda Municipal, Miguel Nonato, aproveitou para denunciar a precarização do trabalho dos servidores, que auxiliam à segurança pública do município. De acordo com Nonato, as viaturas estão sucateadas, os trabalhadores estão sem curso de capacitação e todos esses problemas já foram levados ao governo que num completo descaso, nada faz. Com os índices de violência cada vez maiores, não há como existir qualidade no combate à criminalidade sem investimento na segurança. Chico, presidente da ASSEPMULF, destacou a unificação da lutas das entidades sindicais é para esclarecer à população as reais condições do serviço público da cidade e precarização do trabalho, e chamou a atenção para o tratamento dado ao prefeito para o servidor antes e depois das eleições, “queremos respeito”, exigiu.

Na chega à praça da Matriz em frente à prefeitura, uma fina chuva caiu para refrescar os trabalhadores que novamente gritaram para o prefeito Márcio Paiva, que estão “firmes e fortes nessa batalha, a batalha dos trabalhadores do município de Lauro de Freitas, e não abrem mão de tratamento digno, investimento nas carreiras, políticas pública, e serviço público de qualidade.


 E a música Firme e Forte do Psirico deu o tom da luta de hoje:


quarta-feira, 29 de abril de 2015

Pauta Unificada: Primeira reunião das entidades sindicais com o governo foi de conhecimento e discussões dos eixos comuns das categorias

A primeira reunião de negociação da pauta unificada das entidades sindicais do município de Lauro de Freitas teve início na tarde desta quarta-feira (29) no gabinete do secretário de governo Márcio Leão na prefeitura. Na mesa em que estavam presentes Valdir Silva (ASPROLF-Sindicato dos Trabalhadores em Educação), Chico (ASSEPMULF), Miguel Nonato (ASGUALF), Ana Claudia Paim (Sindicato dos Psicólogos, Ivonildes Cruz (Comissão de Trabalho do Sistema Único das Assistentes Sociais e representante dos Salva Vidas, representantes do governo, entre eles da secretaria de administração, foi entregue ao secretário Leão, a pauta reivindicatória que, além do reajuste linear do servidor público municipal, estava pontos como o direito ao vale transporte e alimentação, itens que não estão presente no contra cheque da totalidade dos trabalhadores, e a previdência própria do município, que segundo já foi divulgado, está pronto, faltando a prefeitura finalizar o processo e enviar para a câmara para aprovação.

O plano de previdência privada para os servidores, que terá um desconto comum a todos de 11%, é vantajoso porque nele o serventuário se aposenta com todos benefícios que possui e foge do Fator Previdenciário, um cálculo que na previdência comum (INSS), para o trabalhador, é sinônimo de perda. A importância de que a previdência própria seja implantada é também a garantia de que o servidor quando se aposentar não se desvincula da prefeitura, podendo ainda reivindicar reajuste para o aposentado pela previdência própria.

O encontro que foi agendado para discutir os eixos comuns dos servidores do município, é uma primeira resposta à união das classes, que tem como objetivo fortalecer a luta dos trabalhadores pela garantia dos direitos, valorização do servidor e qualidade do serviço público. Na oportunidade também foram debatidas as especificidades das categorias.

Nesse primeiro encontro que foi de conhecimento e discussão das reivindicações das entidades, o secretário Márcio Leão ouviu as colocações e argumentos dos trabalhadores e disse que vai levar a pauta ao governo para análise e maior discussão dos assuntos. Sobre a previdência privada o Diretor Geral da ASPROLF, Valdir Silva, informou que o Sindicato vai promover um seminário com a empresa responsável pelo plano para esclarecer dúvidas do trabalhador.

A reunião de negociação dos eixos comuns que terminou com saldo positivo para as entidades sindicais assim como para o governo, vai ter sua segunda rodada na próxima quinta-feira (7), às 14 horas na SEGOV.


Trabalhadores municipais da educação fizeram mais uma caminhada contra a precarização do ensino público e em defesa da educação






Secretário Marcelo Abreu disse “está vivendo nesse momento a arte de conseguir, dentro do que lhe é posto resolver todos os problemas, inclusive da remuneração dos profissionais da educação”, mas que na próxima reunião de negociação trará uma resposta definitiva para a categoria

A ASPROLF – Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Lauro de Freitas realizou na manhã desta quarta-feira (29), mais uma assembleia geral extraordinária com indicativo de greve e uma caminhada com carro de som pelas ruas do bairro de Itinga em defesa da educação pública e para esclarecer à população em manifesto, sobre os reais motivos das aulas não estarem acontecendo em sua normalidade no município, que sofre desde o início do ano letivo com a falta de professores em sala de aula, má estrutura nas escolas, além da falta de equipamentos e mobiliário para aluno e professor.

A assembleia teve um caráter de esclarecimento sobre as deliberações da reunião de negociação ocorrida ontem (28) à tarde no Centro de Cultura de Portão com o secretário municipal de educação, Marcelo Abreu, ASPROLF, Comissão Paritária e outros representantes do governo e desta vez, sem representante direto do prefeito Márcio Paiva, o secretário Márcio Leão, que não estava presente. Novamente Marcelo Abreu informou que o governo está mantendo a proposta feita na reunião do dia 17 deste mês, condicionando a atualização do piso da categoria à suspensão ‘temporária’ da Redução da Carga Horária de Trabalho, conquista legítima e de muita luta do Sindicato. Sem esquecer que a Redução é um ganho para a escola e para o aluno, porque o professor passa a ter tempo de reserva de preparação de aula, planejamento e de formação e isso enriquece mais a aula e resume na qualidade do ensino em sala de aula.

O Coordenador Geral da ASPROLF, Valdir Silva, novamente confirmou para o Marcelo Abreu que a categoria não aceita essa proposta, por não abrir mão de um direito garantido constitucionalmente, até porque os trabalhadores veem essa condição, como um risco a correr, com essa medida. “A classe trabalhadora da educação não está interessada na greve, mas está tendo que usar estratégias para sensibilizar o governo com as manifestações, que chamam a comunidade para conhecimento do que se passa na rede e paralisações, pela sobrecarga vivida no quadro da educação gerada pelo déficit de profissionais. Não queremos a greve”, declarou. A luta da educação não é exclusividade de Lauro de Freitas, todo o país está na luta.

Ressaltando também que a categoria não abre mão de negociar a atualização do piso a partir do índice indicado pelo MEC de 13,01. A ASPROLF fez essa proposta para a gestão municipal que não aceitou, e também não ofereceu nenhum número compatível com o que referenda o MEC. Vale deixar bem claro, que a luta do trabalhador em educação não é por reajuste salarial, mas sim por um direito constituído na Lei Federal 11.738 que atualiza o Piso da Educação no mês de janeiro, e os municípios sabem disso; portanto não dá pra entender o contrário e muito menos negociar abaixo disso. O trabalhador em educação tem um histórico de perdas; e todo governo diz que defende a educação, tem educação como prioridade, mas na hora de cumprir a letra da lei tentam escapar. 

Não podemos nos perder do que é nosso direito. Salário digno, atualização justa e no tempo certo, manutenção das conquistas, cumprimento do governo da Lei do Piso. Ninguém mais que o professor trabalha e quer a qualidade da educação. Mas para isso acontecer é preciso ter condições reais de trabalho dentro das unidades de ensino, valorização do profissional e o cumprimento do que é direito do trabalhador. É avesso dizer que tem a educação como prioridade e fazer discurso de que o trabalhador da educação de Lauro de Freitas só quer salário (que, aliás, é um direito de todo trabalhador), porque não é verdade. Se a educação é tida como prioridade é preciso que a escola esteja completa de profissionais com estruturas prontas para atender os funcionários e o estudante. Educação é investimento porque ela faz diferença na sociedade.

Abreu disse que esteve reunido com o governo e SEFAZ municipal na tentativa de avançar na proposta feita pela gestão, mas não teve êxito com o governo no ponto financeiro. Ele voltou a falar sobre o problema financeiro da gestão Paiva e disse que “está vivendo nesse momento a arte de conseguir, dentro do que lhe é posto, resolver todos os problemas, inclusive da remuneração dos profissionais da educação”. Considerando a reunião que teve com o governo pragmática e que não se tem muito o que conversar, Marcelo Abreu pediu nova reunião com o Sindicato e representantes para a próxima quarta-feira (6), às 9 horas também no Centro de Cultura de Portão, quando segundo ele, terá uma resposta definitiva para a categoria e espera ter um desfecho onde governo e trabalhadores possam entrar em um acordo e pediu para que pele menos até a próxima reunião de negociação tivesse a normalidade das aulas, mas logo foi lembrado que as aulas não estão acontecendo em sua normalidade desde fevereiro (início do ano letivo) porque não tem professor para isso, ao contrário do que ele tenta fazer acreditar não é culpa do trabalhador e sim do governo o aluno estar saindo mais cedo da escola ou sem aula normal.

Na assembleia de hoje que assim como ontem contou com a presença da Associação de Mães de Alunos, teve caráter esclarecedor e elas puderam constatar pelas palavras dos professores, que são quem vive a realidade do dia a dia das escolas, o quanto seus filhos (alunos) estão sendo prejudicados, por conta de uma decisão errada da gestão municipal, que o Sindicato vem lutando para que seja resolvida imediatamente. A categoria que saiu em caminhada pelas ruas do bairro de Itinga para esclarecer a sociedade o que de fato está acontecendo na rede municipal de ensino. Na próxima segunda (4) e terça-feira (5) durante as aulas os profissionais vão esclarecer aos seus alunos, o que está acontecendo na educação e na quarta-feira (6) tem novo encontro com o secretário da educação Marcelo Abreu, no Centro de Cultura de Portão, com assembleia geral deliberativa com indicativo de greve no final.






sexta-feira, 24 de abril de 2015

Governo não negocia e professores de Lauro de Freitas vão cruzar os braços na próxima terça-feira (28)

Foto: Dayse Macedo
Em estado de greve, os trabalhadores da educação paralisam as atividades na próxima terça-feira (28) e farão no dia seguinte nova assembleia geral com indicativo de greve

A falta de profissionais da educação escolar (professores, auxiliares de classe e funcionários de escola) está comprometendo o início do ano letivo da rede municipal de ensino do município de Lauro de Freitas, principal preocupação e causa das manifestações dos trabalhadores em educação. Além disso, há também a proposta do governo municipal em atualizar o piso condicionado a suspensão da redução da jornada até 31 de dezembro, direito conquistado com muita luta dos trabalhadores.

A falta de professores e auxiliares de classe nas escolas vem desde o final do ano passado quando a prefeitura decidiu romper com os contratos via REDA, sob a alegação de falta de dinheiro. A quebra desse contrato (que poderia se estender por mais um ano) criou um déficit significativo na rede, já que, em algumas escolas, quase 100% do quadro de funcionários era composto justamente por esses profissionais, a exemplo da maioria das creches municipais.

O Poder Executivo realizou no mês de fevereiro novo Processo Seletivo Simplificado do REDA para a contratação de novos professores e auxiliares de classe com objetivo de atender a demanda da rede municipal, mas vem protelando a convocação dos profissionais aprovados, que já deveriam (estes profissionais) estar em sala de aula desde o dia 04 de fevereiro de 2015, início das aulas, e até agora nada. Apenas houve nova publicação do resultado final, divulgado no Diário Oficial do Município pela PORTARIA GAPRE Nº 125, DE 22 DE ABRIL DE 2015, sem qualquer informação de convocação.

Ante a toda essa situação, houve, mais uma vez, troca de secretário da pasta de educação, assumindo o ex-prefeito Marcelo Abreu, que ocupava a Secretaria para Assuntos Estratégicos, e que em sua primeira reunião com a entidade sindical (ASPROLF – Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Lauro de Freitas) e Comissão Paritária apontou dificuldade orçamentária do município, mostrando que só na folha de educação há um ônus de mais de 100 milhões/mês. E alertou que para resolver o problema da falta de profissionais e ainda atender as reivindicações da campanha salarial 2015, a classe trabalhadora terá que fazer opções, esclarecendo que não dar para atender a tudo.

E para atender a reivindicação dos servidores da educação, o secretário propôs um reajuste de 6,5%, dividido em duas vezes (maio e novembro), levantamento dos processos parados e não pagos e suspensão da redução da jornada até 31 de dezembro, além de não haver paralisação durante as negociações. Proposta rejeitada pelos trabalhadores em educação.

Para a representante da classe trabalhadora (ASPROLF-Sindicato), tudo o que está ocorrendo foi sinalizado com antecedência quando a entidade sindical foi contra (em janeiro deste ano) ao desligamento dos profissionais do antigo REDA e abertura de um novo processo simplificado, prevendo que com o desligamento haveria o déficit de profissionais e falta de aulas nas escolas.

Por conta de toda essa problemática instalada na rede e a proposta de negociação, considerada um desrespeito pela categoria e, sobretudo descaso do governo com a educação do município, os trabalhadores foram às ruas nesta quinta-feira (23) protestar e informar à população a real situação da rede de ensino da cidade. Com um grito ‘Trabalhador na rua, prefeito a culpa é sua!’, os profissionais saíram com carro de som e entregaram à comunidade uma carta aberta esclarecendo os motivos pelos quais os estudantes estão sem a normalidade das aulas e o comprometimento crítico desse início de ano letivo. 

No tarde do mesmo dia o Sindicato teve nova reunião de negociação com o secretário de educação Marcelo Abreu, que afirmou que o governo vai manter a proposta de atualização salarial condicionada a suspensão da Redução e também não trouxe solução imediata para a falta de docentes na rede.

Em vista disso a categoria vai cruzar na próxima terça-feira (28), quando o Sindicato estará novamente reunido com o governo, para pressionar a apresentar nova proposta que atenda às demandas da rede. Na manhã do dia seguinte haverá uma assembleia geral com indicativo de greve na Escola Municipal Dois de Julho no bairro de Itinga, e de lá a categoria sai em caminhada até o largo do Caranguejo, com uma manifestação contra a precarização do ensino público de Lauro de Freitas e pelas garantias do interesse do trabalhador em educação.

Serviço

O Que: Paralisação dos Trabalhadores em Educação no Município de Lauro de Freitas.
Quando: Terça-feira (28) durante todo o dia e reunião de negociação com o governo às 14h no Centro de Cultura de Portão. Na quarta-feira (29) Assembleia geral com indicativo de greve na Escola Municipal Dois de Julho em Itinga.

Fonte: Valdir Silva – Diretor Geral da ASPROLF Sindicato - Contato: 8881-7545
Contato: 3348-0409
Visite o Blog da ASPROLF: http://asprolfimprensa.blogspot.com.br/
Assessoria de Imprensa: Dayse Macedo (71-9387-9431)



Governo insiste condicionar atullização do piso à suspensão da Redução e empurra categoria para a greve


Foto: ASPROLF
O Sindicato não vai aceitar condicionar a atualização do Piso à suspensão da Redução da jornada de Trabalho. Não vamos de forma alguma abrir mão de conquistas legítimas e alcançadas com muita luta pela categoria”.


A ASPROLF Sindicato dos Trabalhadores em Educação participou na tarde desta quinta-feira (23) de mais uma reunião de negociação salarial com o governo do município de Lauro de Freitas no Centro de Cultura de Portão. à mesa novamente substituindo o prefeito Márcio Paiva estava a secretário de governo Márcio Leão, o secretário de educação Marcelo Abreu, além de outros representantes da SEMED, Coordenação Executiva da ASPROLF, Comissão Paritária.

No início do encontro, além da ASPROLF, estiveram à mesa o presidente da ASSEPMULF e representantes da ASGUALF, quando foi cobrado do governo resposta de um documento ofício protocolado no dia 17 de março, sobre a pauta dos eixos comuns, discutidos também na Assembleia Unificada das entidades sindicais referente às questões ligadas ao conjunto do funcionalismo público de Lauro de Freitas. A prefeitura até o momento não deu nenhuma resposta sobre esse documento. Como resposta o secretário de governo Márcio Leão, disse que não recebeu o ofício, entretanto ele sugeriu a próxima quarta-feira (29), às 14 horas como data para uma reunião entre a SEGOV e as representações sindicais.

Voltando às discussões da pauta da educação, no encontro anterior, na última sexta-feira (17), o secretário municipal de educação Marcelo Abreu lançou à mesa uma proposta de atualização dos vencimentos da educação pelo índice inflacionário (6,5%), o que não foi aceito pela categoria, já que o valor do magistério não se baseia por esse cálculo e sim pelo mínimo estipulado pelo MEC que para 2015 apontou 13,01% como percentual inicial a ser negociado para a atualização do piso dos profissionais da educação. Outro ponto destacado pela proposta do governo é que essa atualização está condicionada à suspensão até 31 de dezembro deste ano da Redução da Carga Horária de Trabalho para redimensionamento e adequação da rede. Essa também foi recusada pela ASPROLF tendo em vista que a Redução além de ser uma conquista legítima, embasada por uma Lei Federal, não é um benefício e sim um direito garantido com muita luta do Sindicato. Nesse mesmo dia durante uma assembleia com indicativo de greve, a classe trabalhadora rejeitou as propostas do governo; e sobre a suspender a Redução, a categoria entende isso como um retrocesso e é, sobretudo, um desrespeito a todo luta construída durante os anos de 2013 e 2014, períodos cruciais para a conquista da Redução da Carga Horária.

A ASPROLF já tinha apresentado à mesa também na reunião passada uma contra proposta de negociar o índice do MEC de 13,01% com escalonamento dentro do ano de 2015 e a manutenção da Redução da Carga Horária de Trabalho. Hoje pela manhã a categoria fez uma caminhada nas ruas da cidade chamando a atenção da população para a situação crítica instalada na rede municipal de ensino, com carro de som e carta aberta à comunidade esclarecendo o porquê dos alunos não estarem tendo aulas na sua normalidade.  Valdir Silva, Coordenador Geral da ASPROLF além de colocar para os representantes do governo os informes da última assembleia da categoria e da caminhada de hoje, deixou claro que “o Sindicato não vai condicionar a atualização do Piso à suspensão da Redução da jornada de Trabalho, e a categoria não tem interesse algum na greve mas sim em negociar e encontrar uma solução para os problemas existentes, mas sem de forma alguma abrir mão da atualização do piso e da Redução da Carga Horária”.

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O secretário Marcelo Abreu afirmou por conta dos problemas orçamentários na folha da educação, a prefeitura vai manter a proposta apresentada na reunião anterior e disse ser “impossível por parte da SEMED expandir a folha se não for tomada medidas de cortes dentro do orçamento da secretaria”. O secretário pediu que a categoria revisse a aceitação da proposta da gestão municipal.

A questão é que os trabalhadores da educação tem um histórico de luta pela qualidade da educação na rede e para que ela seja referência e não vai aceitar essa proposta que contradiz tudo o que foi feito até hoje. A ASPROLF defende essa postura de uma educação de qualidade. Mas há uma grande equívoco no discurso, em especial do governo, em acreditar que apenas no aluno é o único prejudicado nessas situações de crise nas negociações salariais. Na verdade todos são prejudicados. “O foco da educação não é o aluno, a família, o professor, mas sim um planejamento, a gente pensa numa educação emancipatória que evolui porque pensa no todo”, destacou Valdir que completou que a ASPROLF não está pensando apenas em um lado só. A Redução da Jornada, por exemplo, foi reivindicada e conquistada pensando na melhoria da qualidade do ensino do profissional, para que ele possa ter tempo suficiente para o preparo das aulas que serão aplicadas nas escolas, e deu certo.  Assim é a luta do Sindicato que desde o ano passado vem luta buscando solução para o plano de saúde e previdência própria para o servidor, que nesse caso, também é vantagem para o município em termos de ganho financeiro na redução de custo da prefeitura. O Sindicato tem demostrado esforço e boa vontade para ajudar o governo na busca da solução dessa situação instalada pelo própria gestão municipal, mas não há como abrir mão de um direito do trabalhador e que são conquistas legítimas e alcançadas como muito esforço da categoria e do Sindicato.

O presidente do Conselho Municipal da Educação, Jaguaracy Conceição, questionou a crise financeira da prefeitura que nas últimas semanas vem divulgando propaganda em horário nobre das principais emissoras de TV no Estado, o quis saber qual o custo dessa mídia. Outro que também questionou as falas dos problemas de dinheiro em cofre da prefeitura foi o professor Edson Paiva e que voltou a sugerir que o governo peça amparo  legal ao MEC ou a complementação da Lei do FUNDEB – Fundo de Manutenção da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. Valdir perguntou mais uma vez se o governo não tinha mais nenhuma proposta para apresentar à categoria e Marcelo Abreu foi enfático em confirmar que o governo está mantendo e insistindo na proposta já apresentada e não ia aceitar a contra proposta da ASPROLF. Valdir Silva pediu ao governo que novamente repense a proposta da categoria para que haja um avanço nas negociações evitando assim um desgaste de impasse e claro a greve, que é prejuízo para os dois lados. Uma nova reunião de negociação foi agendada para a próxima terça-feira (28) às 14 horas, novamente no Centro de Cultura de Portão.

Assembleia Geral no Centro de Cultura de Portão

Na área externa da sala de reunião os trabalhadores estavam concentrados fazendo  ‘apitaço’ e aguardavam o início da Assembleia Geral deliberativa, também com indicativo de greve e entendeu que a não apresentação de uma nova proposta pelo governo, que está ciente do caos na rede com a falta de professores e o prejuízo causado aos estudantes é uma clara mensagem de desrespeito à categoria e total descaso com a educação do município, por isso vaiaram o secretário Marcelo Abreu e representantes do governo durante a saída deles do local.

Foto: ASPROLF
Os trabalhadores da educação também fizeram um balanço da importância da caminhada realizada durante a manhã e informação aos munícipes sobre a situação das escolas municipais e de como a prefeitura vêm tratando os profissionais e a educação da cidade. Eles se mostraram muito preocupados com o comprometimento evidente deste início do ano letivo. No final da assembleia, a classe trabalhadora decidiu o seguinte:
  • Paralisação na próxima terça-feira (28), mesmo dia da nova reunião de negociação com o governo no Centro de Cultura de Portal;
  • Assembleia geral com indicativo de greve na quarta-feira (29) às 9 horas, seguido de uma caminhada no bairro de Itinga, da Escola Municipal Dois de Julho até o Largo do Caranguejo com carro de som e carta aberta à comunidade, esclarecendo à população a real situação da rede e o comprometimento de prejuízo nesse início de ano letivo, creditado ao prefeito Márcio Paiva, que segundo ele, tem a educação como prioridade em seu governo.



Trabalhadores da educação vão às ruas para cobrar do prefeito solução para o caos na rede

Foto: ASPROLF
Com o lema ‘Caminhada pelo respeito, valorização e qualidade na educação, quem não respeita a educação não ganha a eleição!’ os trabalhadores municipais da educação foram às ruas na manhã de hoje (23), para protestar contra a situação de crise na rede municipal de ensino, que sofre com a precariedade na infraestrutura, falta de equipamentos, como carteiras para os alunos e professor, e falta de ventiladores nas salas, entre outros problemas.

Não mais grave do que tudo acima citado, está a falta de docentes em sala de aula. Problema causado pelo prefeito Márcio Paiva que alegando questões no financeiro da gestão, em dezembro do ano passado resolveu demitir profissionais contratados via REDA, quando eles poderiam ainda pelo contrato que tinham, permanecer ainda este ano, em sala de aula.

Por conta disso milhares de alunos da rede municipal de Lauro de Freitas estão sendo dispensados mais cedo, e outros muitos sem aula, porque não tem professor para lecionar. O governo até fez uma nova seleção de REDA’s, mas mais uma vez o chamamento desses auxiliares de classe foi prorrogado. Deveria sair ontem (dia 22, segunda data de prorrogação), só que nada foi divulgado.

Cansada com o descaso do prefeito com o trabalhador e, sobretudo com a educação, que um dia ele disse ser prioridade em seu governo, a categoria foi às ruas, para mostrar à população da cidade as reais condições das escolas, com carro de som e carta aberta à comunidade informando o porquê dos estudantes do município estarem sem a normalidade das aulas. O ato foi importante já que o governo vinha tentando pôr na ASPROLF a responsabilidade pela situação, o que nunca foi. Pelo contrário, durante o processo de dispensa do ‘antigo’ REDA, o sindicato tentou de todas as formas que a gestão mantivesse aqueles contratados, mas não foi isso que quis o prefeito progressista.

Logo mais às 14 horas o sindicato terá nova reunião de negociação com o governo no Centro de Cultura de Portão, para debater além da atualização do piso da categoria, a problemática instalada na rede com a falta de profissionais, processos parados na SEMED (Secretaria Municipal de Educação), entre outros. Em todas as reuniões anteriores a gestão vem reclamando de falta de dinheiro, mas o que não entendemos é como pode estar sem dinheiro, prorrogando chamamento de concursados e selecionados do REDA e fazendo publicidade em horário nobre nas emissoras de TV e rádio, além de outdoor. Todas essas mídias são muito caras. Márcio Paiva dizia que além da educação ser prioridade no seu governo, criticava a gestão anterior dizendo: “Dinheiro tem, o que falta é gestão”. A manifestação de hoje teve também como objetivo fazer chegar à ´população do município o motivo e a razão de que os estudantes estão sendo prejudicados pela administração municipal. A palavra de ordem ecoada em todo o trajeto da caminhada não poderia ser menos evidente: "Professor na rua, prefeito a culpa é sua!” Para tanto pedimos um olhar de quem 'cuida da gente' e claro, solução urgente.

sábado, 18 de abril de 2015

Governo tenta derrubar a Redução mas categoria faz paredão e diz não à proposta

Governo trouxe para a mesa uma proposta de atualização baseada na inflação, fingindo esquecer a existência da Lei do Piso que é quem define a valorização do magistério

A ASPROLF Sindicato dos Trabalhadores em Educação no município de Lauro de Freitas participou na manhã desta sexta-feira no Centro de Cultura de Portão, de mais uma rodada de negociação do eixo financeiro da Pauta Reivindicatória 2015. A novidade foi a presença e participação do Secretário de Relações Institucionais Ney Campelo que foi apresentado oficialmente ao Sindicato, e o que não foi novidade é que nesta sexta reunião de negociação, mais uma vez o prefeito não compareceu, o que a categoria vem traduzindo como descaso. Ele de novo, foi substituído por Márcio Leão, secretário de governo.

Na mesa além do secretário Ney Campelo, estavam os coordenadores executivos da ASPROLF, representantes da Comissão Paritária, o secretário municipal da educação, Marcelo Abreu, representantes da SEMED, Procurados Geral do Município e de Justiça.

Abrindo os trabalhos foi lida para o secretário Marcelo Abreu a ata da reunião anterior. No último encontro entre governo e Sindicato ficou acertado que a gestão traria uma proposta de atualização do piso dos trabalhadores, solução para o déficit de professores nas escolas e resposta para as pendências administrativas que a SEMED tem com os profissionais. Assim compromissado, Marcelo Abreu apresentou uma pauta de negociação com quatro pontos, que segundo ele foi construída após várias rodadas de negociação, principalmente com a SEFAZ municipal, e essa é a proposta do governo para a categoria, que segundo análise da gestão, resolveria desde os problemas de falta de professor em sala de aula, à equiparação do piso e processos parados. Foram elas:
  • Reposição da inflação de 6,5% total em duas parcelas, sendo a primeira em maio de 2015 e a segunda em novembro de 2015;
  • Levantamento dos processos represados na SEMED junto à PROJUR para discussão do cumprimento desses processos dentro de um cronograma e de uma possibilidade real de execução;
  • Regulamentação da Redução da Carga Horária de Trabalho com suspensão nesse momento até 31 de dezembro de 2015 para que o governo readéque e redimensione a rede municipal de ensino.
  • Não paralisação da rede até o final das negociações. 

Antes de comentar a proposta apresentada pelo governo foi passado os destaques da Assembleia Unificada com outras entidades sindicais do município ocorrida na última segunda-feira (15), que tem como principal objetivo unir forças  na luta pela busca dos direitos dos trabalhadores. Nessa assembleia ficou deliberado no eixo comum, a paralisação do serviço público de Lauro de Freitas no dia 30 deste mês com um ato em frente à prefeitura para que o governo também abra as negociações com as demais entidades de classe. Nessa mesma data acontece uma paralisação nacional na educação; na educação foi deliberado estender a paralisação de 48 horas para 72, alcançando o dia de hoje (17), em repúdio em mais um adiamento do chamamento dos selecionados via REDA para o próximo dia 22, o que o Sindicato vê como o ponto que mais está ferindo a categoria, que é a irresponsabilidade do governo, de não ter profissional em sala de aula e que está prejudicando seriamente a primeira unidade do ano letivo. “A escola municipal Solange Coelho, por exemplo, está com várias janelas nos três turnos. Não bastasse isso a ideia do estagiário em sala de aula sozinho é ferir o princípio do estágio que não é isso. Isso é pior do que terceirização, outra questão que a ASPROLF é contra. Até vamos realizar uma audiência para discutir o PL4330 aqui no município. Tudo isso tem causado um impacto negativo na educação de Lauro de Freitas”, destacou Valdir Silva Coordenador Geral da ASPROLF.

Sobre as propostas apresentadas pelo governo para a educação a primeira pontuação feita pelo Diretor da ASPROLF, sobre a atualização salarial pela reposição da inflação parcelada em duas vezes não cabe ao magistério que não trabalha com índice inflacionário e sim pela lei do Piso Salarial Nacional (Lei 11.738) que atualiza o piso do magistério. Nós queremos o mínimo estabelecido pelo MEC que nós temos total desacordo com esse índice que é um cálculo feito com a AGU junto com o MEC que chega a 13,01% que tem divergência com a CNTE -  Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, que trás um índice diferente à luz da Lei do Piso, por conta de toda a demora da sansão daquele momento do piso, e que houve um ano de lapso sem contar com a Lei do Piso, destacou. Essa proposta de 6,5% caberia para ser apresentada na mesa do conjunto do funcionalismo público para o reajuste linear, aliás, esta é uma proposta bem parecida com a que o governo estadual apresentou e fechou com as entidades para os servidores. A proposta de reposição da inflação usando o índice de 6,5% para atualizar o piso foi óbvia e justificadamente recusada pela ASPROLF.

Já a proposta dois, de levantamento dos processos parados na SEMED tem um texto vago; já que não está estabelecido um cronograma exato para conclusão de análise e solução desses processos, e o que é pior, essa é uma que vem desde a antiga secretária Adriana Paiva. A proposição da suspensão da Redução da Carga Horária para ajuste e adequação na rede, problemas criados pelo governo. Essa é uma proposta que já pairava no ar desde a reunião passada é no mínimo uma afronta aos trabalhadores da educação. É passar adiante a responsabilidade do próprio erro. Não dá pra esquecer que a ASPROLF travou uma batalha intensa com o governo pra conquistar a Redução da Jornada de Trabalho, que é legítima e é uma Lei Federal. A categoria não pode e nem vai abrir mão de uma direito adquirido com legitimidade e merecido com muita luta. E quanto ao encerramento das paralisações, o último ponto da pauta de negociação do governo, é uma decisão da classe trabalhadora que discute isso em assembleia.

Estrategista, o secretário Ney Campelo usou sua fala para pesar a responsabilidade da rede para os dois lados e pediu racionalidade nas discussões a partir da clara percepção de um clima de entendimento democrático dos dois lados. Mas como não poderia deixar de ser, Campelo chamou para o Sindicato a responsabilidade da falta de professor em sala de aula, o que está deixando alunos fora das escolas. Não vamos esquecer que quem contrata e quem demite é a prefeitura, e não o Sindicato. Isso faz parte de um entendimento simples, primário até. Campelo fez um destaque da Constituição de 1988 com relação á manutenção da educação, mas essa é uma responsabilidade (contratação e demissão) que a carta magna não transferiu para sindicatos. É preciso deixar bem claro o porquê da educação de Lauro de Freitas está sofrendo essa grave crise de existência, porque o início do ano letivo está comprometido, porque os alunos estão voltando mais cedo das escolas, ou sem aula, porque a evasão escolar pode se tornar evidente na rede municipal.

A ASPROLF apresentou como contra proposta que o governo estude sobre trazer o índice do MEC de 13,01% com escalonamento dentro do ano de 2015 sem mexer na Redução da Carga Horária; no ponto dos processos parados que seja definido um calendário dos processos com prazos exatos. A contra proposta foi recebida e será levada ao prefeito e uma nova reunião foi confirmada para a próxima quinta-feira (23) às 14 horas no mesmo local.

Assembleia no Centro de Cultura de Portão

A categoria que ficou no pátio do Centro de Cultura de Portão recebeu como absurdas as propostas do governo para a classe. Reclamaram do tratamento que o governo vem dando aos profissionais tanto na forma de negociação da Pauta Reivindicatória, quanto no comprometimento do ano letivo, e da educação na rede municipal de ensino. Os professores que estão paralisaram as atividades por conta da sobrecarga nas escolas pela falta de profissionais e por vários outros problemas na rede confirmaram a recusa das propostas apresentadas pelo governo, como já tinha antecipado o Sindicato na mesa e deliberaram o seguinte:
  • Continuar pressionando com paralisação até que o governo apresente uma proposta melhor para a categoria;
  • Fazer manifestação de rua com grande visibilidade e movimentos nas escolas convocando os pais de aluno e a imprensa;
  • Carta aberta à comunidade e carro de som na rua informando a real situação da rede de ensino que sobre grave precarização;
  •  Publicizar a situação das escolas com fotos e vídeos na rede social (Facebook);
  • Informar à Comissão da Educação da Câmara Municipal de Lauro de Freitas o que está ocorrendo na educação do município.

Lembrando que na próxima quinta-feira (23) às 9 horas, os trabalhadores em educação farão uma caminhada da AFPEF (Associação dos Funcionários Públicos do Estado da Bahia), até à Prefeitura na Praça da Matriz, em protesto contra o descaso do governo municipal com a educação; no mesmo dia, só que à tarde (às 14 horas) a categoria estará concentrada no Centro de Cultura de Portão, onde após reunião do Sindicato com o governo, haverá nova Assembleia Geral deliberativa.


quinta-feira, 16 de abril de 2015

Saúde em Foco: Ativa a ASPROLF participou do I Encontro de Saúde do Trabalhador pela promoção da saúde no ambiente de trabalho e do profissional

O Conselho Municipal de Saúde reuniu hoje representantes da área de saúde do município de Lauro de Freitas, Estado, sindicatos e trabalhadores para discutir a saúde do trabalhador no município de Lauro de Freitas no I Encontro de Saúde, realizado na manhã desta quinta-feira (16) no auditório da Secretaria Municipal de Saúde.

O evento que tem como principal objetivo conhecer, intervir, avaliar o trabalho do trabalhador do município seja ele público ou privado para dessa maneira, de forma contínua e sistemática criar soluções e políticas públicas que melhorem as condições de trabalho e a qualidade de vida do funcionário.

Os debates que foram bem amplos, levando em conta a importância da temática, foi conduzido pela coordenadora do Conselho da CIST (Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador), e representante de várias entidades ligadas ao tema como o Núcleo Regional de Saúde, diretoria do Hospital Geral Menandro de Farias, CEREST (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), além de entidades sindicais como o SINDECOLF (Sindicato dos Comerciário de Lauro de Freitas) e a ASPROLF Sindicato dos Trabalhadores em Educação representado na Comissão de Saúde pelos Coordenadores Executivos Nícia Bastos e Valdir Silva. Era esperada a presença do secretário municipal de saúde, Bruno Barreto que não compareceu, causando uma baixa negativa para o governo justo no momento em que se discute um assunto tão importante.

O município de Lauro de Freitas é um dos poucos no Estado que implantaram a CIST, que para que funcione bem e dê resultados, é essencial a participação de todos os envolvidos. Ver o trabalhador como alguém que vai além da importância da produção é pensar em qualidade tanto do espaço de trabalho quanto do profissional e na imagem da empresa, que sempre será vista como segura. Hoje no município o Hospital Geral Menandro de Farias, que é do Estado, funciona desde 2013 com um CIAST que trabalha com várias ações como a notificação e as ações preventivas para evitar os acidentes com materiais pérfuro cortantes e biológicos. Se um trabalhador tiver algum problema relacionado, desde acidente de trabalho ou doença desenvolvida, pode procurar a Vigilância da Saúde do Trabalho (servidor público) ou a Saúde Ocupacional do Trabalhador, no caso do funcionário da empresa privada.

Entre os destaques do que foi discutido está a visão das empresas e das entidades públicas com relação ao trabalhador e como o trabalhador vê e é tratado pela assistência pública de saúde; daí uma contradição: é bem comum o trabalhador recorrer a um plano de saúde privado ao invés do público, o SUS (Sistema Único de Saúde), que por uma lógica do cuidado com a saúde do trabalhador, deveria receber do governo uma atenção maior para que funcionasse à contento com um atendimento humano, efetivo e eficaz. Valdir Silva da ASPROLF, sugeriu um levantamento da saúde do servidor municipal, o que resultaria da criação de políticas públicas direcionadas pra esse tema.

A programação desse Encontro foi dividida em duas partes, a primeira com palestras sobre política nacional de saúde do trabalhador, doenças, agravos e notificações relacionadas ao trabalho, como o Estado e o município trata essa questão e o quão estão preparados para ela e uma mesa redonda com interação do público com os palestrantes que discutiram de forma ainda mais abrangente o assunto.


A segunda parte deste evento será na próxima quarta-feira (22) no mesmo local, quando está programada a apresentação de um painel que vai trazer as atuais condições de trabalho no município, com levantamentos do RH e da Secretaria Municipal da Administração e no encerramento, uma Oficina de Trabalho com a leitura dos encaminhamentos deste I Encontro de Saúde do Trabalhador.

Entidades sindicais de Lauro de Freitas unem força e vão parar o município por garantidas de direitos das categorias

A ASPROLF Sindicato dos Trabalhadores em Educação e entidades sindicais do município de Lauro de Freitas se reuniram nesta quarta-feira (15) na AFPEB – Associação dos Funcionários Públicos do Estado, numa Assembleia Geral Unificada para debater temas gerais de interesse dos servidores municipais e as pautas específicas da educação.

O encontro que acontece no mesmo dia da mobilização das Centrais Sindicais para a paralisação nacional contra a PL4330 que regulamenta e terceirização, também é um protesto contra o descaso do governo municipal com a educação, que vem sofrendo imensos prejuízos com a falta de professores nas salas de aula e a lentidão da gestão municipal nas negociações da Pauta Reivindicatória da ASPROLF, sobretudo no eixo financeiro.

A assembleia do conjunto do funcionalismo público municipal contou a presença do vice presidente da ASSEPMULF (Associação dos Servidores Públicos do Município de Lauro de Freitas), Euzébio Junior, o presidente da ASGUALF (Associação dos Guardas Municipal de Lauro de Freitas), Miguel Nonato e representante do sindicato dos psicólogos e assistentes sociais, Ana Claudia, Associação dos Salva Vidas. Os representantes dessas entidades relataram dificuldade de negociação com a gestão municipal.

Em 2013 foi aprovada na Câmara Municipal de Lauro de Freitas a Lei de Reajuste dos Servidores Públicos quando foi criada uma Comissão para discutir a questão salarial dos servidores como um todo, e na ocasião ficou definido os nomes da ASPROLF e da ASSEPMULF, em virtude dessa unificação de luta que está havendo nesse momento, surge a oportunidade de incluir as outras entidades que queiram integrar esse dispositivo pra que seja fortalecido as reivindicações comuns dos trabalhadores de Lauro de Freitas; as especificidades de cada entidade serão obviamente, discutidas nos polos específicos, em  assembleias de cada categoria. O Coordenador Geral da ASPROLF, Valdir Silva, lembrou a importância da definição do índice do reajuste linear no município que ainda não há uma proposta fechada. “No Estado da Bahia as entidades representativas se reuniram e aceitaram um reajuste linear para os servidores estaduais de 6,41%, sendo que eles irão receber 3,55% neste mês retroativo a março e o restante, 2,91%, em novembro. Só que a data base dos servidores do estado é janeiro e fica clara aí a grave perda salarial dessa categoria e é isso que aqui nós não podemos aceitar de forma alguma”, destacou.

Outro ponto da pauta unificada dos serventuários do município é a previdência própria, uma reivindicação geral dos servidores municipais e pelo que se sabe até o momento, já houve uma reunião entre o governo e a empresa que está fazendo o estudo dessa previdência. Pelo que foi divulgado, está tudo pronto, faltando apenas a prefeitura finalizar o processo e enviar para a Câmara aprovar o plano de previdência própria. Esse plano que terá um desconto comum a todos de 11% e é vantajoso porque nele o servidor se aposenta com todos seus benefícios e foge do Fator Previdenciário, um cálculo que na previdência comum (INSS), para o trabalhador é sinônimo de perda. A importância de que a previdência própria seja implantada é a garantia de que o servidor aposentado não se desvincula da prefeitura, podendo também reivindicar reajuste para o aposentado pela previdência própria.

Na pauta da educação foi passado para a categoria o resultado da reunião ocorrida na última segunda-feira (14) com o governo que mais uma vez não apresentou nenhum índice para atualização do piso dos profissionais e ainda novamente prorrogou o resultado da seleção do REDA, o que vem causando transtornos na rede municipal de ensino, e é também por esse motivo rede está fazendo uma paralisação de 48 horas desde esta quarta-feira e vai estender para a sexta (17), ficando 72 horas parado no total. O protesto de paralisação tem como objetivo forçar o governo a resolver as questões pendentes na pasta da educação, e a apresentação de uma proposta para negociação financeira; caso isso não aconteça a possibilidade de decretar greve aumenta. O descaso e o desrespeito do prefeito Márcio Paiva que não compareceu a nenhuma das cinco reuniões de negociação salarial e não autorizou sua equipe a passar nenhum índice para abertura das negociações, além da falta de professores nas escolas que está comprometendo de forma crítica o ano letivo está empurrando a categoria para a greve; uma greve creditada unicamente à gestão municipal que ao contrário do que apregoava está mostrando que não tem a educação como prioridade e vem desconsiderando os educadores e a educação no município, e é importante que a comunidade esteja a par disso tudo.

Após todas as discussões e esclarecimentos das pautas unificadas das entidades sindicais e específicas da educação, foram definidas as seguintes deliberações:
  • Paralisação geral dos servidores municipais no próximo dia 30 com ato em frente à prefeitura de Lauro de Freitas;
  • Mobilização da categoria com objetivo de dar ainda mais visibilidade ao movimento via rede social, carro de som e outdoor;
  • Paralisação desta semana de 48 horas será estendida também para esta sexta-feira (17), passando a ser de 72 horas;
  • Convocação da comunidade por carro de som para esclarecimento da real situação na rede municipal de ensino e contra o não chamamento dos selecionados via REDA;
  • Assembleia deliberativa com indicativo de greve na manhã desta sexta-feira (17) no Centro de Cultura de Portão, onde o governo terá nova reunião com a ASPROLF, quando deve apresentar a proposta de atualização do piso e resposta às questões pendentes na educação.
No final da assembleia a categoria comemorou com um bolo especial e muita música os 26 anos de lutas e grandes conquistas da ASPROLF completados na última segunda-feira (13). Entre os destaques dessas conquistas está o recebimento da Carta de Registro Sindical em novembro do ano passado, entre tantas outras.

Lembrando que nesta quinta-feira (16) às 14 horas a categoria estará mobilizada na Câmara Municipal durante a sessão plenária da casa.



"Dinheiro não falta, o que falta é gestão"


"Dinheiro não falta, o que falta é gestão". Esta foi a fala do candidato Márcio Paiva durante a campanha eleitoral de 2013 para a prefeitura de Lauro de Freitas. Hoje prefeito da cidade, a gestão vem enfrentando uma séria crise nas finanças e de governança. Por isso mais uma vez, o problema no orçamento foi a explicação dada para a falta de resposta ao cumprimento da lei, que atualiza o piso dos professores em 13,01% percentual mínimo para a Campanha Salarial 2015 da educação, na reunião que aconteceu na tarde desta segunda-feira (13), no Centro Cultural de Portão.

O novo encontro reuniu novamente a ASPROLF Sindicato dos Trabalhadores em Educação, representantes da Comissão Paritária, de secretarias do governo, secretário municipal de educação, Marcelo Abreu e mais uma vez cobrindo a ausência do prefeito, o secretário de governo Márcio Leão. O secretário Marcelo Abreu iniciou a reunião com a frase de que tanto a SEMED quanto a prefeitura estão prontos para dialogar inesgotavelmente e pra começar esse diálogo copioso, mais uma vez a secretaria trouxe os gastos da gestão para explicitar as contas no vermelho, como forma de justificar a postura mostrada até agora na mesa de negociação. O secretário de governo, Márcio Leão, foi enfático ao dizer que “para o governo vai onerar a folha nesse momento (com a atualização do piso da categoria, que é lei!) é inevitável”. Uma fala que explicita a responsabilidade única da própria gestão na ‘crise orçamentária’ e não justifica em nada penalizar os educadores pela situação. Mas o que na verdade chamou a atenção é que nas entrelinhas dos discursos, entre números e tabelas caprichosamente apresentados nos slides, estava a clara intensão de condicionar a atualização salarial à Redução da Carga Horária de Trabalho, conquista legítima da ASPROLF para a categoria, e que é acima de qualquer argumento, uma Lei Federal.

Outro assunto constante nas reuniões, temas de ofícios enviados ao governo e de discussões em assembleias é a falta de pessoas nas escolas da rede de Lauro de Freitas, problema causado pelo prefeito Márcio Paiva no final do ano passado, com a demissão dos ‘antigos’ REDA’s; e que segue, porque os ‘novos’ concursados pelo mesmo regime, ainda não vão começar a trabalhar, já que mais uma vez a prefeitura está prorrogando a data de resultado da seleção, que agora, dizem, que será no próximo dia 22. Enquanto isso alunos de várias escolas do município estão sendo dispensados mais cedo, ou simplesmente não estão frequentando as aulas por falta de professor. “O governo tem que entender que nem a escola, nem a comunidade escolar pode pagar por um problema que ele mesmo criou. Estamos com o ano letivo comprometido e ainda tendo que carregar a escola nas costas. Os pais de alunos já estão cientes de que a culpa é exclusiva da prefeitura”, desabafou uma professora.

Outra situação não menos crítica, gerada por conta desse déficit de docentes em sala de aula, é a evasão escolar, percebida dia após dia, pelos gestores de escolas: “Quando o aluno vai à escola e não tem aula por falta de professor, e isso acontece a semana toda, esse aluno não volta mais à escola, ele desiste de estudar. O governo quer mesmo botar mais isso na conta dele, a evasão escolar?” questionou outra professora.

A ASPROLF lembrou aos secretário da SEMED que nessa situação o trabalhador em educação do município de Lauro de Freitas está explorado, e isso é inadmissível. O governo diz que trabalha com a educação como prioridade, mas está fazendo o contrário disso. Está claro que esse trabalho avesso da gestão municipal está comprometendo a qualidade do trabalhador e da educação municipal e isso não pode acontecer.

Como resposta a todas essas indignações Marcelo Abreu disse que o governo quer dar o piso, quer dar os resultados dos processos parados na SEMED, mas que precisa de tempo pra analisar com detalhe a situação. Novamente ele foi lembrado que a Pauta Reivindicatória da categoria foi entregue ao prefeito no início do ano, e não há como entender por que até agora nenhuma análise, tanto do eixo financeiro, quanto administrativo, não foram feitas. Valdir Silva, Coordenador Geral da ASPROLF, Abreu, sobre a proposta que o governo em relação ao Piso dos trabalhadores, e de novo ele pediu tempo, dizendo que precisa fazer um “estudo amplo da situação”, comprovando sua fala de abertura de que a secretaria pretende levar o diálogo à exaustão. Na verdade isso caracteriza um total desrespeito à educação municipal e sobretudo aos profissionais que trabalham diariamente pela qualidade da mesma. “Além de desgastar a própria imagem o governo está a cada dia empurrando a categoria para a greve. O Sindicato não tem interesse na greve; nos interessa uma solução para o problema, ter professor em sala de aula, ter o índice de atualização salarial da categoria, ter a valorização do trabalhador e do ensino. Isso nos interessa”, pontou Silva, destacando para o secretário, que o Sindicato vem tentando negociar e o governo não apresenta respostas nas reuniões; e se a greve for inevitável ela vai acontecer, e será de responsabilidade única do governo por causa dessa política do descaso que ele vem praticando ultimamente.

Uma nova reunião está marcada para acontecer na próxima sexta-feira (17) também no Centro de Cultura de Portão, quando espera-se que o governo ponha respostas na mesa, já que o Marcelo Abreu afirmou que nesses meio tempo vai levar ao prefeito os números e os destaques desse encontro, para na sexta ter um índice para apresentar à categoria e solução para a falta de professores nas escolas. Cada vez que a gestão municipal posterga uma simples resposta para a categoria, ele aumenta o desgaste e demostra descaso com a educação. Lembrando que essa foi a quinta reunião de negociação com o governo, onde além de o prefeito Márcio Paiva não comparecer, não autorizou sua equipe a abrir as negociações com número ou percentual algum; lembrando mais, nesse meio tempo de reuniões da Pauta Reivindicatória, houve troca na gestão da SEMED, e ainda assim, o problema segue sem solução. Aí fica a dúvida: até outro dia tinha dinheiro, promessa de gestão eficiente e prioridade na educação. Então o que foi que aconteceu?

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Opnião: Morte de policiais na Bahia parece ser menos relevante que morte de criminoso

Quando morre um policial,  morre a força do Estado e não menos grave, o cidadão comum fica ainda mais vulnerável. O problema é que parece que na Bahia, a vida de um polcial é menos importante que de um criminoso

Eu realmente me recuso a aceitar a morte desse policial como fatalidade, consequência da profissão, ossos do ofício. A morte do soldado da RONDESP Atlântico Luiz Fernando Castro, é toda de responsabilidade do Estado! E não só a dele, dos outros todos policiais civis e militares, estão na conta dos nossos governantes e de mais ninguém. 

O mal aparelhamento dos homens que deveriam estar preparados pra nos defender é crítico; e não se enganem, eles não têm mesmo como competir com criminosos muitíssimo bem armados nas incursões pelas ruas, avenidas e vielas de Salvador. Imagine, em plena Sexta-Feira Santa, estamos sepultando um profissional, um pai de família, derrotado pela má administração pública, pela criminalidade que está a cada dia, a cada hora, a cada minuto cada vez mais à vontade pra fazer o que quiser! Não me importa se no dia seguinte a PM matou o responsável pela morte do soldado Castro. Não me importa! Pode matar 1 milhão deles! Não me importa! 

Um pedido, um único pedido: Governador Rui Costa, pare de lamentar a fatalidade do filho do seu colega de 'profissão' e venha aqui ver e chorar essa nossa realidade. Aparelhe, invista, investigue, dê condições ao Policial, que apesar da insegurança, ao contrário de mim e de você, quando sai pra trabalhar, não tem a menor certeza se volta pra casa! 

Quando morre um policial,  morre também a força do Estado e não menos grave, o cidadão comum fica ainda mais vulnerável. O problema é que parece que na Bahia, a vida de um policial é menos importante que de um criminoso. E os Direitos Humanos que estão tão preocupados com os 12 mortos no Cabula...? Este também era cidadão, só que cidadão no sentido real e correto da palavra. Raciocinar que é bom dá trabalho e ninguém quer!!