Mais uma vez ausente e
sem justificativa, o prefeito Márcio Paiva não mandou nenhuma proposta de
análise de percentual sobre a atualização do piso da educação. A pauta
reivindicatória foi entregue ao gestor durante a Jornada Pedagógica deste ano
Na tarde desta quinta-feira (26)
foi realizada mais uma reunião entre a ASPROLF Sindicato dos Trabalhadores em
Educação e o governo municipal no Centro de Cultura de Portão; segunda reunião
que trata especificamente da negociação salarial da categoria, e assim como nas
duas anteriores, o prefeito Márcio Paiva não compareceu e não deu explicações
sobre sua ausência, o que, além de prejudicar a imagem e credibilidade do
governo junto à categoria, empurra a classe trabalhadora para o movimento
paredista.
Assim como no encontro do último
dia 19, o secretário de governo Márcio leão representou o prefeito à mesa, e
aproveitou para apresentar oficialmente aos trabalhadores o novo secretário
municipal de educação, Marcelo Abreu, que segundo Leão, “veio para colocar a
educação no lugar que ela merece, no alto.” O novo secretário entra no lugar da
esposa do prefeito, Adriana Paiva, exonerada do cargo após constantes
desgastes.
A mesa que desta vez estava
cheia, foi composta, além dos Coordenadores Executivos do Sindicato e representantes
da Comissão Paritária, a coordenadora da secretaria municipal de educação,
representante de coordenação da SEMED (Secretaria Municipal da Educação), da
Controladoria Geral do Município, Procuradoria Municipal de Justiça e da SEFAZ
municipal, que foram recebidos pelo secretário municipal de governo, Márcio
Leão, e o secretário Marcelo Abreu, que, mais cedo na SEMED, se reuniu com o Sindicato
para se informar e entender as demandas e pendências da sua pasta com a classe
trabalhadora.
Abreu afirmou que aceitou o
convite de comandar a SEMED, porque para ele “o ponto maior é a primazia pela
educação” por isso é importante discutir à miúde todos os assuntos que atendem
aos anseios dos trabalhadores. Ele abriu um parêntese para destacar que quando
a educação é bem assistida pelo governo, isso flui positivamente nas outras
áreas também, e em tempo, foi cobrado por um dos representantes da Comissão
Paritária, para que não deixe isso só no discurso.
O Coordenador Geral da ASPREOLF
Sindicato, Valdir Silva, aproveitou a abertura da reunião para entregar ao
secretário Leão, uma nota de repúdio (deliberada na assembleia geral
extraordinária da categoria no último dia 20), à gestão municipal, repudiando a
ausência do prefeito Márcio Paiva nas reuniões marcadas com a entidade sindical
para tratar do eixo financeiro da Campanha Salarial 2015 – aliás, com início
antecipado a pedido do próprio governo e por causa do mesmo, segue sem
andamento; e a transição na secretaria de educação, justamente num momento de
negociação salarial, o que quebra a continuidade. Valdir destacou que essa
negociação, prioriza um projeto educacional que deve valorizar o profissional e
a educação no município de Lauro de Freitas. “A ausência do chefe maior do
executivo, é uma decepção”, completou.
A ASPROLF pediu ao secretário de
educação e do governo, a resposta da análise financeira sobre número ou
percentual para a atualização do piso da categoria, e ouviu de Márcio Leão que
“até agora o governo não fez nenhum estudo técnico” e tentou passar para o novo
secretário a responsabilidade pela falta da resposta a essa questão, mas logo
foi lembrado que a Pauta Reivindicatória com todos os Eixos, inclusive o financeiro,
foi entregue ao prefeito no mês de fevereiro, durante a Jornada Pedagógica 2015
da SEMED. E pelo tempo, já deveria ter sido estudada, analisada e pensada uma proposta
para a categoria. Valdir enfatizou que essa ação da gestão municipal, é um
desrespeito à Lei do Piso e sobretudo com a categoria: “A prefeitura sabia do
índice e a Fazenda sabe dos números da gestão e pode apresentar um índice de
abertura de negociação se quiser. O trabalhador em educação de Lauro de Freitas
tem perdas históricas e profundas e por isso é preciso que o governo avance
nessas questões”.
Marcelo Abreu, explicou que como
hoje é seu terceiro dia como secretário, ele não teria como fazer nesse período
o que o governo não fez nos últimos meses, por isso não poderia passar nenhum
número para iniciar as negociações de atualização do piso da categoria sem
antes fazer um estudo técnico, o que impediria de dar uma resposta já na próxima
terça-feira (31) dia de assembleia Geral da categoria como era esperado, já que
ele ainda estar tomando
conhecimento de todos os assuntos referentes às pendências da educação como um
todo. Ele sugeriu então, a criação de uma Agenda de Trabalho para discutir a Campanha
Salarial, além de tratar da questão dos enquadramentos, processos parados e da
divulgação do Calendário de Pagamento dos Servidores, entre outros pontos relacionados
por ele, após reunião na manhã de hoje.
Ficou definidas as seguintes
propostas para serem deliberadas pela categoria na próxima assembleia da
terça-feira (31), e tão logo levadas de volta para o recém assumido gestor da
educação:
- Levar para a classe trabalhadora as informações discutidas nessa reunião;
- Definição de um Calendário de Trabalho, sugerido pelo secretário Marcelo Abreu para discutir a pauta do Eixo Financeiro;
- Manter essa mesma Comissão para as discussões da, como comissão permanente, para as discussões da pauta reivindicatória.
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