terça-feira, 31 de março de 2015

Em nova reunião o Governo não apresenta proposta de valorização e empurra categoria para o Movimento Paredista

Mais uma vez ausente e sem justificativa, o prefeito Márcio Paiva não mandou nenhuma proposta de análise de percentual sobre a atualização do piso da educação. A pauta reivindicatória foi entregue ao gestor durante a Jornada Pedagógica deste ano

Na tarde desta quinta-feira (26) foi realizada mais uma reunião entre a ASPROLF Sindicato dos Trabalhadores em Educação e o governo municipal no Centro de Cultura de Portão; segunda reunião que trata especificamente da negociação salarial da categoria, e assim como nas duas anteriores, o prefeito Márcio Paiva não compareceu e não deu explicações sobre sua ausência, o que, além de prejudicar a imagem e credibilidade do governo junto à categoria, empurra a classe trabalhadora para o movimento paredista.

Assim como no encontro do último dia 19, o secretário de governo Márcio leão representou o prefeito à mesa, e aproveitou para apresentar oficialmente aos trabalhadores o novo secretário municipal de educação, Marcelo Abreu, que segundo Leão, “veio para colocar a educação no lugar que ela merece, no alto.” O novo secretário entra no lugar da esposa do prefeito, Adriana Paiva, exonerada do cargo após constantes desgastes.

A mesa que desta vez estava cheia, foi composta, além dos Coordenadores Executivos do Sindicato e representantes da Comissão Paritária, a coordenadora da secretaria municipal de educação, representante de coordenação da SEMED (Secretaria Municipal da Educação), da Controladoria Geral do Município, Procuradoria Municipal de Justiça e da SEFAZ municipal, que foram recebidos pelo secretário municipal de governo, Márcio Leão, e o secretário Marcelo Abreu, que, mais cedo na SEMED, se reuniu com o Sindicato para se informar e entender as demandas e pendências da sua pasta com a classe trabalhadora.

Abreu afirmou que aceitou o convite de comandar a SEMED, porque para ele “o ponto maior é a primazia pela educação” por isso é importante discutir à miúde todos os assuntos que atendem aos anseios dos trabalhadores. Ele abriu um parêntese para destacar que quando a educação é bem assistida pelo governo, isso flui positivamente nas outras áreas também, e em tempo, foi cobrado por um dos representantes da Comissão Paritária, para que não deixe isso só no discurso.

O Coordenador Geral da ASPREOLF Sindicato, Valdir Silva, aproveitou a abertura da reunião para entregar ao secretário Leão, uma nota de repúdio (deliberada na assembleia geral extraordinária da categoria no último dia 20), à gestão municipal, repudiando a ausência do prefeito Márcio Paiva nas reuniões marcadas com a entidade sindical para tratar do eixo financeiro da Campanha Salarial 2015 – aliás, com início antecipado a pedido do próprio governo e por causa do mesmo, segue sem andamento; e a transição na secretaria de educação, justamente num momento de negociação salarial, o que quebra a continuidade. Valdir destacou que essa negociação, prioriza um projeto educacional que deve valorizar o profissional e a educação no município de Lauro de Freitas. “A ausência do chefe maior do executivo, é uma decepção”, completou.

A ASPROLF pediu ao secretário de educação e do governo, a resposta da análise financeira sobre número ou percentual para a atualização do piso da categoria, e ouviu de Márcio Leão que “até agora o governo não fez nenhum estudo técnico” e tentou passar para o novo secretário a responsabilidade pela falta da resposta a essa questão, mas logo foi lembrado que a Pauta Reivindicatória com todos os Eixos, inclusive o financeiro, foi entregue ao prefeito no mês de fevereiro, durante a Jornada Pedagógica 2015 da SEMED. E pelo tempo, já deveria ter sido estudada, analisada e pensada uma proposta para a categoria. Valdir enfatizou que essa ação da gestão municipal, é um desrespeito à Lei do Piso e sobretudo com a categoria: “A prefeitura sabia do índice e a Fazenda sabe dos números da gestão e pode apresentar um índice de abertura de negociação se quiser. O trabalhador em educação de Lauro de Freitas tem perdas históricas e profundas e por isso é preciso que o governo avance nessas questões”.

Marcelo Abreu, explicou que como hoje é seu terceiro dia como secretário, ele não teria como fazer nesse período o que o governo não fez nos últimos meses, por isso não poderia passar nenhum número para iniciar as negociações de atualização do piso da categoria sem antes fazer um estudo técnico, o que impediria de dar uma resposta já na próxima terça-feira (31) dia de assembleia Geral da categoria como era esperado, já que ele ainda estar tomando conhecimento de todos os assuntos referentes às pendências da educação como um todo. Ele sugeriu então, a criação de uma Agenda de Trabalho para discutir a Campanha Salarial, além de tratar da questão dos enquadramentos, processos parados e da divulgação do Calendário de Pagamento dos Servidores, entre outros pontos relacionados por ele, após reunião na manhã de hoje. 

Ficou definidas as seguintes propostas para serem deliberadas pela categoria na próxima assembleia da terça-feira (31), e tão logo levadas de volta para o recém assumido gestor da educação:
  • Levar para a classe trabalhadora as informações discutidas nessa reunião;
  • Definição de um Calendário de Trabalho, sugerido pelo secretário Marcelo Abreu para discutir a pauta do Eixo Financeiro;
  • Manter essa mesma Comissão para as discussões da, como comissão permanente, para as discussões da pauta reivindicatória.



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