quinta-feira, 19 de março de 2015

Esclarecedor: Debate do PME e PUC mostrou os pontos fundamentais da elaboração dos documentos

 O Fórum Municipal de Educação que é decisório na elaboração do projeto do PME, é  indissoluto e tem como responsabilidade pelo próximo decênio acompanhar e avaliar o Plano

Nesta sexta-feira (13) foi o último dia do Seminário Plano Municipal de Educação e Plano Único de Carreira promovido pela ASPROLF sindicato dos Trabalhadores em Educação no Município de Lauro de Freitas e ministrada pelo professor Doutor e consultor do Senado Federal, João Monlevade, que abriu a manhã de discussões falando sobre as etapas de elaboração do Plano Municipal de Educação, documento imprescindível para o Plano Nacional de Educação, já que não há PNE sem o planejamento da educação dos estados e municípios, por isso uma nova determinação de 25 julho de 2014 do MEC, orienta que estados e municípios tenham prontos seus Planos de Educação até 25 de junho deste ano.

Entretanto para a construção desse documento o principal é a compreensão de que para a educação ser de qualidade, para haver a valorização dos professores e funcionários, é fundamental ter um Plano Municipal de Educação e um Plano Único de Carreira, dois elos de uma mesma corrente e que quando construídos, ajudam e muito na manutenção dessa tão almejada educação de qualidade que é antes de tudo, reflexo da valorização do trabalhador.

João Monlevade enumerou em  dez as etapas para o processo de elaboração do Plano Municipal de Educação, lembrando que “para que essa produção aconteça antes de tudo é preciso fazer um estudo científico, participativo e sistêmico”. E como numa aula ele explicou cada um por uma. Vamos  a elas:
1.       Constituição do Fórum Municipal de Educação e do Grupo Executivo (secretaria municipal de educação e o Conselho Municipal de Educação), onde todos os agentes da educação devem estar presentes inclusive alguns agentes que não são instituições de Lauro de Freitas, como a UFBA (Universidade Federal da Bahia) que trabalha com pesquisa de extensão e pode colaborar na hora do diagnóstico, por exemplo;
2.       Capacitação técnico-política dos membros do Fórum, preparar esses colaboradores para as discussões dos temas. Essa capacitação é fundamental para a constituição do Fórum;
3.       Sensibilização da Sociedade e da comunidade educativa trabalhando a comunicação para a sociedade, usando os meios de comunicação existentes, informando a sociedade sobre o PME que é uma política pública universal; essa questão é papel do Fórum convidando as autoridades, porque a população precisa ficar sabendo que está sendo construído o Plano, porque ele é participativo;
4.       Diagnóstico do município fazendo um estudo amplo do município avaliando suas demandas (potencial e ativa) por educação que são feitos através do recenciamento de casa em casa, os desafios quantitativos e qualitativos da oferta e a disponibilidade de recursos, (financeiros, materiais e humanos), ou seja, não se trata só de matricular o aluno tem que ver a qualidade do ensino e da atividade que está acontecendo na escola;
5.       Reflexão política educacional pra saber quais são as intenções de ações do poder público para responder às demandas da sociedade, e técnica sobre diretrizes, metas de educação profissional e de nível médio, e estratégias para essas ações;
6.       Decisões sobre metas, estratégias e ações determinadas em cronogramas, nesses pontos já se começa a redigir o PME, também a partir da daqui começam as tomadas de decisões sobre as metas e estratégias e as ações, que apesar do plano ser decenal, as ações podem são a curto prazo, porque não se pode prever o que vai acontecer há 5 anos, por exemplo;
7.       Interface com recursos financeiros: PPA (Plano Pluri-Anual, LOA (Lei Orçamentária Anual e percentual do PIB, é a junção das verbas do estado, município e federação, mas isso depende, claro, da arrecadação;
8.       Redação do Projeto de Lei do PME começa após a aplicação das decisões sobre as metas, etc., só aí começa o trabalho específico da redação do Projeto que em seguida é levado para a Câmara;
9.       Tramitação e aprovação do PME na Câmara Municipal, não esquecendo a importância de ter no Fórum o presidente da Comissão da Educação da Câmara, isso facilita a tramitação já que ele participa de todo o processo do Plano;
10.   Acompanhamento e avaliação do PME e suas relações com a PNE e PEE, que deve ser acompanhador e avaliador desse Plano durante 10 anos que é a validade dele. Vale lembrar que o Fórum Municipal da Educação, não pode ser dissolvido.

Vale lembrar que “o Fórum Municipal de Educação é decisório na elaboração do projeto do PME, indissoluto e é ele quem vai pelo próximo decênio acompanhar e avaliar o Plano”, acrescentou Monlevade; inclusive no que diz respeito às ações aplicadas que podem sofrer mudanças e/ou alterações pela questão óbvia do avanço e da imprevisão do tempo.


A segunda parte do seminário foi dedicada a explanação do Plano Único de Carreira, que é pensado a partir da elaboração do PME.

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