Com escolas ainda sem
professores e alunos sendo liberados por causa disso, a categoria analisou que
o ‘Governo Progressista’ está avançando sim, só que na precarização da educação
no município; desvalorizando o profissional e desqualificando a educação
pública, luta constante da ASPROLF
Os trabalhadores municipais da educação de
Lauro de Freitas se reuniram na tarde de hoje (31) na AFPEB – Associação dos
Funcionários Públicos do Estado, em nova Assembleia Geral Extraordinária para
discutir a Campanha Salarial 2015 da categoria e as negociações dessa pauta com
o governo, na reunião que aconteceu na última quinta-feira (26).
De início o Coordenador Geral da ASPROLF,
Valdir Silva, relatou aos trabalhadores o resultado desse encontro, entre o
Sindicato, comissão paritária, Conselho Municipal de Educação, governo
(representado pelo secretário Márcio Leão, já que mais uma vez o prefeito
Márcio Paiva faltou ao compromisso), o novo secretário de educação do
município, Marcelo Abreu com uma equipe de representantes da SEMED e SEFAZ
Municipal, aliás, quase faltou cadeira pra tanta gente! Só que apesar de ter
levado uma equipe tão numerosa, o objetivo principal da reunião foi mais uma
vez foi frustrado, já que a gestão municipal novamente não apresentou nenhum
estudo técnico de número ou percentual para a atualização do piso dos
profissionais da educação, mesmo tendo recebido a Pauta Reivindicatória na
Jornada Pedagógica 2015 da SEMED, exatamente no dia 3 de fevereiro. O novo
gestor da pasta, por sua vez, disse que por conta de sua recente nomeação ao
cargo, não tinha nada pra negociar, e desta forma, na questão salarial (já que
outros temas também foram discutidos), a reunião não obteve nenhum avanço
esperado, e a credibilidade do prefeito Márcio Paiva, segue em queda.
Para diminuir o impacto de mais
essa decepção do governo com a categoria, o secretário Marcelo Abreu pediu um
prazo de até o dia 27 de abril para a construção de um cronograma de reuniões
para as negociações da pauta financeira, podendo a qualquer momento, haver outros
encontros para discutir demais temas pendentes da pasta com os trabalhadores. Só
que essa proposta, com essa data tão estendida, não foi aceita pelos trabalhadores.
A assembleia de hoje que teve um
tom de revolta da categoria com esse posicionamento do prefeito de não abrir as
negociações da atualização do salário, além de tantas outras faltas graves
dentro da rede municipal de ensino. A falta de equipamentos como carteira para
aluno e principalmente professor em sala de aula tem causado sérios problemas
nas escolas. Uma educadora revelou que a escola aonde ela trabalha está
liberando alunos das aulas, por falta de docente e tem classe do 6º ano que até
agora não tem professor de língua portuguesa. “Imagine só. Estamos carregando a
escola nas costas e o governo não está nem aí”, disse indignada.
Esse está sendo um início de ano
letivo muito prejudicado para os alunos, e a culpa é exclusivamente do governo
que demitiu deliberadamente profissionais do REDA que poderiam, pelo contrato,
ainda estar em sala de aula. Os concursados do ‘novo’ REDA aberto este ano pela
prefeitura, até agora não assumiram as funções e a contratação de estagiários
para suprir essa baixa é outro ponto de preocupação dos profissionais da rede. O
que se constata é que o ‘Governo Progressista’ está avançando sim, só que na precarização
da educação no município; desvalorizando o profissional e o que não é menos grave:
desqualificando a educação pública, luta constante da ASPROLF.
Mantendo o Estado de Greve
decretado desde 25 de fevereiro, no final dos debates que foram bastante
calorosos por conta de toda essa revolta do tratamento nada adequado que o
prefeito vem dando à educação que ele um dia disse ser “prioridade no seu
governo”, a categoria deliberou o seguinte:
- Paralisação de 48 horas nos dias 15 e 16 (quarta e quinta-feira) em protesto contra a situação na rede;
- Assembleia Geral Extraordinária no dia 15 às 14 horas na AFPEB e no dia seguinte (16), mobilização na Câmara Municipal de Lauro de Freitas durante a sessão plenária;
- Prazo para até o dia 17 de abril para que o governo construa o cronograma de reuniões de negociações da Campanha Salarial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário