terça-feira, 31 de março de 2015

Categoria não aceita agenda de negociação salarial do governo e cobra solução para falta de professores

Com escolas ainda sem professores e alunos sendo liberados por causa disso, a categoria analisou que o ‘Governo Progressista’ está avançando sim, só que na precarização da educação no município; desvalorizando o profissional e desqualificando a educação pública, luta constante da ASPROLF

 Os trabalhadores municipais da educação de Lauro de Freitas se reuniram na tarde de hoje (31) na AFPEB – Associação dos Funcionários Públicos do Estado, em nova Assembleia Geral Extraordinária para discutir a Campanha Salarial 2015 da categoria e as negociações dessa pauta com o governo, na reunião que aconteceu na última quinta-feira (26).

De início o Coordenador Geral da ASPROLF, Valdir Silva, relatou aos trabalhadores o resultado desse encontro, entre o Sindicato, comissão paritária, Conselho Municipal de Educação, governo (representado pelo secretário Márcio Leão, já que mais uma vez o prefeito Márcio Paiva faltou ao compromisso), o novo secretário de educação do município, Marcelo Abreu com uma equipe de representantes da SEMED e SEFAZ Municipal, aliás, quase faltou cadeira pra tanta gente! Só que apesar de ter levado uma equipe tão numerosa, o objetivo principal da reunião foi mais uma vez foi frustrado, já que a gestão municipal novamente não apresentou nenhum estudo técnico de número ou percentual para a atualização do piso dos profissionais da educação, mesmo tendo recebido a Pauta Reivindicatória na Jornada Pedagógica 2015 da SEMED, exatamente no dia 3 de fevereiro. O novo gestor da pasta, por sua vez, disse que por conta de sua recente nomeação ao cargo, não tinha nada pra negociar, e desta forma, na questão salarial (já que outros temas também foram discutidos), a reunião não obteve nenhum avanço esperado, e a credibilidade do prefeito Márcio Paiva, segue em queda.

Para diminuir o impacto de mais essa decepção do governo com a categoria, o secretário Marcelo Abreu pediu um prazo de até o dia 27 de abril para a construção de um cronograma de reuniões para as negociações da pauta financeira, podendo a qualquer momento, haver outros encontros para discutir demais temas pendentes da pasta com os trabalhadores. Só que essa proposta, com essa data tão estendida, não foi aceita pelos trabalhadores.

A assembleia de hoje que teve um tom de revolta da categoria com esse posicionamento do prefeito de não abrir as negociações da atualização do salário, além de tantas outras faltas graves dentro da rede municipal de ensino. A falta de equipamentos como carteira para aluno e principalmente professor em sala de aula tem causado sérios problemas nas escolas. Uma educadora revelou que a escola aonde ela trabalha está liberando alunos das aulas, por falta de docente e tem classe do 6º ano que até agora não tem professor de língua portuguesa. “Imagine só. Estamos carregando a escola nas costas e o governo não está nem aí”, disse indignada.

Esse está sendo um início de ano letivo muito prejudicado para os alunos, e a culpa é exclusivamente do governo que demitiu deliberadamente profissionais do REDA que poderiam, pelo contrato, ainda estar em sala de aula. Os concursados do ‘novo’ REDA aberto este ano pela prefeitura, até agora não assumiram as funções e a contratação de estagiários para suprir essa baixa é outro ponto de preocupação dos profissionais da rede. O que se constata é que o ‘Governo Progressista’ está avançando sim, só que na precarização da educação no município; desvalorizando o profissional e o que não é menos grave: desqualificando a educação pública, luta constante da ASPROLF.

Mantendo o Estado de Greve decretado desde 25 de fevereiro, no final dos debates que foram bastante calorosos por conta de toda essa revolta do tratamento nada adequado que o prefeito vem dando à educação que ele um dia disse ser “prioridade no seu governo”, a categoria deliberou o seguinte:
  •  Paralisação de 48 horas nos dias 15 e 16 (quarta e quinta-feira) em protesto contra a situação na rede;
  • Assembleia Geral Extraordinária no dia 15 às 14 horas na AFPEB e no dia seguinte (16), mobilização na Câmara Municipal de Lauro de Freitas durante a sessão plenária;
  • Prazo para até o dia 17 de abril para que o governo construa o cronograma de reuniões de negociações da Campanha Salarial.




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