Foto: ASPROLF |
Na assembleia geral extraordinária que aconteceu
hoje (12), em dois turnos na Escola Municipal Dois de Julho, na Itinga, os
trabalhadores em educação, em assembleia, deflagraram greve por tempo
indeterminado para a próxima segunda-feira (18). Até lá as aulas continuam
normalmente.
A decisão da categoria resulta da falta de respeito
do governo municipal com o ano letivo escolar que continua sem professores e
sem auxiliares de classe. Além disso, no último dia 06 de maio o governo
publicou medidas através de decreto que proíbe qualquer tipo de contratação até
o final do ano. Outro ponto fundamental da categoria é a reserva da carga
horária de trabalho, que o governo quer suspender a todo custo.
Foto: ASPROLF |
A falta de docentes em ala de aula vem prejudicando
de forma grave o andamento do ano letivo na rede, e os alunos estão desde
fevereiro (início do ano letivo), sem a normalidade das aulas. Na contramão da
realidade do dia a dia nas salas de aula em Lauro de Freitas, a gestão
municipal vem creditando aos professores a culpa pela situação de caos na rede.
Por isso a ASPROLF convidou a imprensa, para ver de perto, o que de fato está
acontecendo na rede municipal de ensino. Uma equipe da TV Bahia esteve na
assembleia desta manhã e pode ver, ouvir e registrar a insatisfação da classe
trabalhadora e o descaso da prefeitura com a educação.
De
forma unânime a classe trabalhadora, que esteve presente na assembleia, tanto
na assembleia do turno da matutino, quanto do vespertino deliberou pela greve
por tempo indeterminado; e obedecendo os critérios da Lei da Greve, foi dado ao
governo 72 horas para conhecimento do fato através de documento elencando os
principais fatores que levaram a categoria ao movimento paredista, que a
ASPROLF entregou aos vereadores na Câmara Municipal de Lauro de Freitas, e
protocolou esse documento no gabinete do Prefeito Márcio Paiva e na SEMED, No
texto os motivos que levaram a categoria à greve são:
- A falta de
professores e auxiliares de classe nas escolas municipais, situação que
ficará ainda mais difícil com a publicação do Decreto Nº 3.863, de 06 de
maio de 2015;
- Engessamento da
carreira do magistério, que paralisa processos administrativos, enquadramento,
dedicação exclusiva, retroativos de processos não pagos, tabela de
pagamento (esta prometida e não cumprida);
- A atualização do
piso deve ser desdobrada da seguinte forma: os professores MI devem ter
sua atualização já, enquanto os demais níveis segue o que foi proposto em
mesa (10% escalonado dentro do ano de 2015);
- Rejeição do
documento apresentado pelo governo
- Reitera a categoria
na decisão de NÃO suspensão da Redução da Jornada para qualquer segmento;
- Agenda de reunião
para quinta-feira (14), às 14h, no Centro de Cultura de Portão.
- Contra a política
de estágio nas escolas da forma como está sendo feita;
- Presença do
prefeito Márcio Paiva nesta próxima reunião.
A
ASPROLF – Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Lauro de Freitas reafirma
sua preocupação com educação de qualidade do município de Lauro de Freitas, ao
mesmo tempo, seu interesse em continuar negociando com o Executivo, apelando
para que não haja intransigência sob pena de prejudicar ainda mais a população
laurofreitense, em especial os estudantes. Vamos à luta pela garantia dos
nossos direitos e conquistas legítimas.
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