quinta-feira, 30 de abril de 2015

Firmes e fortes trabalhadores unificaram a força na luta pela valorização do profissional

Paralisação Nacional em Defesa da Educação em Lauro de Freitas unificou a luta de entidades de classe do município para exigir do governo respeito e valorização dos profissionais

Atendendo ao chamado da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), e Centrais Sindicais, na Paralisação Nacional em Defesa da Educação Pública de Qualidade, a ASPROLF- Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Lauro de Freitas saiu às ruas durante a manhã de hoje (30) e convocou entidades sindicais do município de Lauro de Freitas para cobrar da gestão municipal o cumprimento da pauta reivindicatória das categorias.

Com trio elétrico e o grito de “eu tô firme e forte nessa batalha” as categorias ocuparam as o centro de Lauro de Freitas para cobrar do prefeito Márcio Paiva, melhores condições de trabalho e respeito ao profissional. O grito que estava preso na garganta ecoou e os servidores representados pela ASPROLF, ASSEPMULF (Associação dos Servidores Públicos do Município de Lauro de Freitas) representados também pelos servidores da fazenda, saúde, secretaria de planejamento, assistentes administrativos e engenheiros , ASGSULF (Associação dos Guardas Municipais de Lauro de Freitas), Sindicato dos Psicólogos, ABASA (Associação Baiana do Salvamento Aquático), Salva Vidas, entre outras categorias uniram força na luta de um direito comum.  O protesto teve como objetivo, esclarecer a população as reais condições dos serviços públicos do município que sofrem com o descaso do governo. Com faixas de protesto, contra cheques e muita revolta os trabalhadores bradaram ‘trabalhador na rua, prefeito a culpa é sua!’ A manifestação é sobretudo, uma forma de pressionar a gestão municipal a atender as necessidades dos servidores e do serviço público, que tem como ‘cliente’ a população como um todo.

Lembrando que amanhã é 1º de maio, Dia do Trabalhador, o mobilização de hoje também foi um ato comemorativo para o trabalhador, mas de repúdio ao governo. As representações sindicais do município que estão desde o início deste mês estão em negociação com a gestão municipal da pauta unificada, que entre outros pontos, pede reajuste linear para o serviço público e valorização dos profissionais, no que diz respeito à qualificação e treinamento, reclamam da falta do prefeito na mesa de negociação, já que ele não recebe os trabalhadores e coloca seu secretário de governo para negociar, mas não oferece nenhum avanço.

Na pauta da educação, a categoria que está em estado de greve desde o mês passado vem tentando negociar solução para a falta de professores em sala de aula (desde o início deste ano letivo), com o prefeito Márcio Paiva, que mantém o mau hábito de não comparecer às reuniões, enviando sempre o secretário de governo para substituí-lo e não oferecendo nenhuma saída para o caos instalado na rede. Vale salientar que esse déficit de docentes está causando uma evasão escolar, como pontuou uma diretora de escola. Que também passa por falta de equipamentos em sala de aula, como carteiras para os alunos, mobiliário para o professor, ventiladores em salas, etc, todos sem solução desde o início do ano.
Os trabalhadores em educação, que estão em Campanha Salarial, vem também tentando negociar com o governo, a atualização do Piso da categoria, e essa é outra dificuldade, já que o governo além de não querer pagar o Piso apontado pelo MEC de 13,01%, quer condicionar a atualização do valor, à suspensão da Redução da Carga Horária de Trabalho, um direito legítimo, conquistado com muita luta pelo sindicato e que além de tudo é uma extensão da Lei Federal. Pra conhecimento é bom salientar que a nomenclara de ‘reajuste’, sempre muito usada pelo governo, não faz jus ao trabalhado do educador que na verdade deve ter seu salário atualizado e ser devidamente valorizado como profissional, e isso gera uma consequência óbvia que é pensar na qualidade da educação.   

As representações sindicais afirmam que está mais do que na hora do governo entender que valorizar o profissional é valorizar o serviço público. O presidente da Guarda Municipal, Miguel Nonato, aproveitou para denunciar a precarização do trabalho dos servidores, que auxiliam à segurança pública do município. De acordo com Nonato, as viaturas estão sucateadas, os trabalhadores estão sem curso de capacitação e todos esses problemas já foram levados ao governo que num completo descaso, nada faz. Com os índices de violência cada vez maiores, não há como existir qualidade no combate à criminalidade sem investimento na segurança. Chico, presidente da ASSEPMULF, destacou a unificação da lutas das entidades sindicais é para esclarecer à população as reais condições do serviço público da cidade e precarização do trabalho, e chamou a atenção para o tratamento dado ao prefeito para o servidor antes e depois das eleições, “queremos respeito”, exigiu.

Na chega à praça da Matriz em frente à prefeitura, uma fina chuva caiu para refrescar os trabalhadores que novamente gritaram para o prefeito Márcio Paiva, que estão “firmes e fortes nessa batalha, a batalha dos trabalhadores do município de Lauro de Freitas, e não abrem mão de tratamento digno, investimento nas carreiras, políticas pública, e serviço público de qualidade.


 E a música Firme e Forte do Psirico deu o tom da luta de hoje:


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