quinta-feira, 16 de abril de 2015

Entidades sindicais de Lauro de Freitas unem força e vão parar o município por garantidas de direitos das categorias

A ASPROLF Sindicato dos Trabalhadores em Educação e entidades sindicais do município de Lauro de Freitas se reuniram nesta quarta-feira (15) na AFPEB – Associação dos Funcionários Públicos do Estado, numa Assembleia Geral Unificada para debater temas gerais de interesse dos servidores municipais e as pautas específicas da educação.

O encontro que acontece no mesmo dia da mobilização das Centrais Sindicais para a paralisação nacional contra a PL4330 que regulamenta e terceirização, também é um protesto contra o descaso do governo municipal com a educação, que vem sofrendo imensos prejuízos com a falta de professores nas salas de aula e a lentidão da gestão municipal nas negociações da Pauta Reivindicatória da ASPROLF, sobretudo no eixo financeiro.

A assembleia do conjunto do funcionalismo público municipal contou a presença do vice presidente da ASSEPMULF (Associação dos Servidores Públicos do Município de Lauro de Freitas), Euzébio Junior, o presidente da ASGUALF (Associação dos Guardas Municipal de Lauro de Freitas), Miguel Nonato e representante do sindicato dos psicólogos e assistentes sociais, Ana Claudia, Associação dos Salva Vidas. Os representantes dessas entidades relataram dificuldade de negociação com a gestão municipal.

Em 2013 foi aprovada na Câmara Municipal de Lauro de Freitas a Lei de Reajuste dos Servidores Públicos quando foi criada uma Comissão para discutir a questão salarial dos servidores como um todo, e na ocasião ficou definido os nomes da ASPROLF e da ASSEPMULF, em virtude dessa unificação de luta que está havendo nesse momento, surge a oportunidade de incluir as outras entidades que queiram integrar esse dispositivo pra que seja fortalecido as reivindicações comuns dos trabalhadores de Lauro de Freitas; as especificidades de cada entidade serão obviamente, discutidas nos polos específicos, em  assembleias de cada categoria. O Coordenador Geral da ASPROLF, Valdir Silva, lembrou a importância da definição do índice do reajuste linear no município que ainda não há uma proposta fechada. “No Estado da Bahia as entidades representativas se reuniram e aceitaram um reajuste linear para os servidores estaduais de 6,41%, sendo que eles irão receber 3,55% neste mês retroativo a março e o restante, 2,91%, em novembro. Só que a data base dos servidores do estado é janeiro e fica clara aí a grave perda salarial dessa categoria e é isso que aqui nós não podemos aceitar de forma alguma”, destacou.

Outro ponto da pauta unificada dos serventuários do município é a previdência própria, uma reivindicação geral dos servidores municipais e pelo que se sabe até o momento, já houve uma reunião entre o governo e a empresa que está fazendo o estudo dessa previdência. Pelo que foi divulgado, está tudo pronto, faltando apenas a prefeitura finalizar o processo e enviar para a Câmara aprovar o plano de previdência própria. Esse plano que terá um desconto comum a todos de 11% e é vantajoso porque nele o servidor se aposenta com todos seus benefícios e foge do Fator Previdenciário, um cálculo que na previdência comum (INSS), para o trabalhador é sinônimo de perda. A importância de que a previdência própria seja implantada é a garantia de que o servidor aposentado não se desvincula da prefeitura, podendo também reivindicar reajuste para o aposentado pela previdência própria.

Na pauta da educação foi passado para a categoria o resultado da reunião ocorrida na última segunda-feira (14) com o governo que mais uma vez não apresentou nenhum índice para atualização do piso dos profissionais e ainda novamente prorrogou o resultado da seleção do REDA, o que vem causando transtornos na rede municipal de ensino, e é também por esse motivo rede está fazendo uma paralisação de 48 horas desde esta quarta-feira e vai estender para a sexta (17), ficando 72 horas parado no total. O protesto de paralisação tem como objetivo forçar o governo a resolver as questões pendentes na pasta da educação, e a apresentação de uma proposta para negociação financeira; caso isso não aconteça a possibilidade de decretar greve aumenta. O descaso e o desrespeito do prefeito Márcio Paiva que não compareceu a nenhuma das cinco reuniões de negociação salarial e não autorizou sua equipe a passar nenhum índice para abertura das negociações, além da falta de professores nas escolas que está comprometendo de forma crítica o ano letivo está empurrando a categoria para a greve; uma greve creditada unicamente à gestão municipal que ao contrário do que apregoava está mostrando que não tem a educação como prioridade e vem desconsiderando os educadores e a educação no município, e é importante que a comunidade esteja a par disso tudo.

Após todas as discussões e esclarecimentos das pautas unificadas das entidades sindicais e específicas da educação, foram definidas as seguintes deliberações:
  • Paralisação geral dos servidores municipais no próximo dia 30 com ato em frente à prefeitura de Lauro de Freitas;
  • Mobilização da categoria com objetivo de dar ainda mais visibilidade ao movimento via rede social, carro de som e outdoor;
  • Paralisação desta semana de 48 horas será estendida também para esta sexta-feira (17), passando a ser de 72 horas;
  • Convocação da comunidade por carro de som para esclarecimento da real situação na rede municipal de ensino e contra o não chamamento dos selecionados via REDA;
  • Assembleia deliberativa com indicativo de greve na manhã desta sexta-feira (17) no Centro de Cultura de Portão, onde o governo terá nova reunião com a ASPROLF, quando deve apresentar a proposta de atualização do piso e resposta às questões pendentes na educação.
No final da assembleia a categoria comemorou com um bolo especial e muita música os 26 anos de lutas e grandes conquistas da ASPROLF completados na última segunda-feira (13). Entre os destaques dessas conquistas está o recebimento da Carta de Registro Sindical em novembro do ano passado, entre tantas outras.

Lembrando que nesta quinta-feira (16) às 14 horas a categoria estará mobilizada na Câmara Municipal durante a sessão plenária da casa.



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