sexta-feira, 24 de abril de 2015

Governo não negocia e professores de Lauro de Freitas vão cruzar os braços na próxima terça-feira (28)

Foto: Dayse Macedo
Em estado de greve, os trabalhadores da educação paralisam as atividades na próxima terça-feira (28) e farão no dia seguinte nova assembleia geral com indicativo de greve

A falta de profissionais da educação escolar (professores, auxiliares de classe e funcionários de escola) está comprometendo o início do ano letivo da rede municipal de ensino do município de Lauro de Freitas, principal preocupação e causa das manifestações dos trabalhadores em educação. Além disso, há também a proposta do governo municipal em atualizar o piso condicionado a suspensão da redução da jornada até 31 de dezembro, direito conquistado com muita luta dos trabalhadores.

A falta de professores e auxiliares de classe nas escolas vem desde o final do ano passado quando a prefeitura decidiu romper com os contratos via REDA, sob a alegação de falta de dinheiro. A quebra desse contrato (que poderia se estender por mais um ano) criou um déficit significativo na rede, já que, em algumas escolas, quase 100% do quadro de funcionários era composto justamente por esses profissionais, a exemplo da maioria das creches municipais.

O Poder Executivo realizou no mês de fevereiro novo Processo Seletivo Simplificado do REDA para a contratação de novos professores e auxiliares de classe com objetivo de atender a demanda da rede municipal, mas vem protelando a convocação dos profissionais aprovados, que já deveriam (estes profissionais) estar em sala de aula desde o dia 04 de fevereiro de 2015, início das aulas, e até agora nada. Apenas houve nova publicação do resultado final, divulgado no Diário Oficial do Município pela PORTARIA GAPRE Nº 125, DE 22 DE ABRIL DE 2015, sem qualquer informação de convocação.

Ante a toda essa situação, houve, mais uma vez, troca de secretário da pasta de educação, assumindo o ex-prefeito Marcelo Abreu, que ocupava a Secretaria para Assuntos Estratégicos, e que em sua primeira reunião com a entidade sindical (ASPROLF – Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Lauro de Freitas) e Comissão Paritária apontou dificuldade orçamentária do município, mostrando que só na folha de educação há um ônus de mais de 100 milhões/mês. E alertou que para resolver o problema da falta de profissionais e ainda atender as reivindicações da campanha salarial 2015, a classe trabalhadora terá que fazer opções, esclarecendo que não dar para atender a tudo.

E para atender a reivindicação dos servidores da educação, o secretário propôs um reajuste de 6,5%, dividido em duas vezes (maio e novembro), levantamento dos processos parados e não pagos e suspensão da redução da jornada até 31 de dezembro, além de não haver paralisação durante as negociações. Proposta rejeitada pelos trabalhadores em educação.

Para a representante da classe trabalhadora (ASPROLF-Sindicato), tudo o que está ocorrendo foi sinalizado com antecedência quando a entidade sindical foi contra (em janeiro deste ano) ao desligamento dos profissionais do antigo REDA e abertura de um novo processo simplificado, prevendo que com o desligamento haveria o déficit de profissionais e falta de aulas nas escolas.

Por conta de toda essa problemática instalada na rede e a proposta de negociação, considerada um desrespeito pela categoria e, sobretudo descaso do governo com a educação do município, os trabalhadores foram às ruas nesta quinta-feira (23) protestar e informar à população a real situação da rede de ensino da cidade. Com um grito ‘Trabalhador na rua, prefeito a culpa é sua!’, os profissionais saíram com carro de som e entregaram à comunidade uma carta aberta esclarecendo os motivos pelos quais os estudantes estão sem a normalidade das aulas e o comprometimento crítico desse início de ano letivo. 

No tarde do mesmo dia o Sindicato teve nova reunião de negociação com o secretário de educação Marcelo Abreu, que afirmou que o governo vai manter a proposta de atualização salarial condicionada a suspensão da Redução e também não trouxe solução imediata para a falta de docentes na rede.

Em vista disso a categoria vai cruzar na próxima terça-feira (28), quando o Sindicato estará novamente reunido com o governo, para pressionar a apresentar nova proposta que atenda às demandas da rede. Na manhã do dia seguinte haverá uma assembleia geral com indicativo de greve na Escola Municipal Dois de Julho no bairro de Itinga, e de lá a categoria sai em caminhada até o largo do Caranguejo, com uma manifestação contra a precarização do ensino público de Lauro de Freitas e pelas garantias do interesse do trabalhador em educação.

Serviço

O Que: Paralisação dos Trabalhadores em Educação no Município de Lauro de Freitas.
Quando: Terça-feira (28) durante todo o dia e reunião de negociação com o governo às 14h no Centro de Cultura de Portão. Na quarta-feira (29) Assembleia geral com indicativo de greve na Escola Municipal Dois de Julho em Itinga.

Fonte: Valdir Silva – Diretor Geral da ASPROLF Sindicato - Contato: 8881-7545
Contato: 3348-0409
Visite o Blog da ASPROLF: http://asprolfimprensa.blogspot.com.br/
Assessoria de Imprensa: Dayse Macedo (71-9387-9431)



Nenhum comentário:

Postar um comentário