Foto: Dayse Macedo |
Em estado de greve, os trabalhadores da educação paralisam as
atividades na próxima terça-feira (28) e farão no dia seguinte nova assembleia
geral com indicativo de greve
A falta de profissionais da
educação escolar (professores, auxiliares de classe e funcionários de escola)
está comprometendo o início do ano letivo da rede municipal de ensino do
município de Lauro de Freitas, principal preocupação e causa das manifestações
dos trabalhadores em educação. Além disso, há também a proposta do governo
municipal em atualizar o piso condicionado a suspensão da redução da jornada
até 31 de dezembro, direito conquistado com muita luta dos trabalhadores.
A falta de professores e
auxiliares de classe nas escolas vem desde o final do ano passado quando a
prefeitura decidiu romper com os contratos via REDA, sob a alegação de falta de
dinheiro. A quebra desse contrato (que poderia se estender por mais um ano)
criou um déficit significativo na rede, já que, em algumas escolas, quase 100%
do quadro de funcionários era composto justamente por esses profissionais, a
exemplo da maioria das creches municipais.
O Poder Executivo realizou no mês
de fevereiro novo Processo Seletivo Simplificado do REDA para a contratação de
novos professores e auxiliares de classe com objetivo de atender a demanda da
rede municipal, mas vem protelando a convocação dos profissionais aprovados,
que já deveriam (estes profissionais) estar em sala de aula desde o dia 04 de
fevereiro de 2015, início das aulas, e até agora nada. Apenas houve nova publicação
do resultado final, divulgado no Diário Oficial do Município pela PORTARIA
GAPRE Nº 125, DE 22 DE ABRIL DE 2015, sem qualquer informação de convocação.
Ante a toda essa situação, houve,
mais uma vez, troca de secretário da pasta de educação, assumindo o ex-prefeito
Marcelo Abreu, que ocupava a Secretaria para Assuntos Estratégicos, e que em
sua primeira reunião com a entidade sindical (ASPROLF – Sindicato dos
Trabalhadores em Educação de Lauro de Freitas) e Comissão Paritária apontou
dificuldade orçamentária do município, mostrando que só na folha de educação há
um ônus de mais de 100 milhões/mês. E alertou que para resolver o problema da
falta de profissionais e ainda atender as reivindicações da campanha salarial
2015, a classe trabalhadora terá que fazer opções, esclarecendo que não dar
para atender a tudo.
E para atender a reivindicação
dos servidores da educação, o secretário propôs um reajuste de 6,5%, dividido
em duas vezes (maio e novembro), levantamento dos processos parados e não pagos
e suspensão da redução da jornada até 31 de dezembro, além de não haver
paralisação durante as negociações. Proposta rejeitada pelos trabalhadores em
educação.
Para a representante da classe
trabalhadora (ASPROLF-Sindicato), tudo o que está ocorrendo foi sinalizado com
antecedência quando a entidade sindical foi contra (em janeiro deste ano) ao
desligamento dos profissionais do antigo REDA e abertura de um novo processo
simplificado, prevendo que com o desligamento haveria o déficit de
profissionais e falta de aulas nas escolas.
Por conta de toda essa
problemática instalada na rede e a proposta de negociação, considerada um
desrespeito pela categoria e, sobretudo descaso do governo com a educação do
município, os trabalhadores foram às ruas nesta quinta-feira (23) protestar e
informar à população a real situação da rede de ensino da cidade. Com um grito
‘Trabalhador na rua, prefeito a culpa é sua!’, os profissionais saíram com
carro de som e entregaram à comunidade uma carta aberta esclarecendo os motivos
pelos quais os estudantes estão sem a normalidade das aulas e o comprometimento
crítico desse início de ano letivo.
No tarde do mesmo dia o Sindicato
teve nova reunião de negociação com o secretário de educação Marcelo Abreu, que
afirmou que o governo vai manter a proposta de atualização salarial
condicionada a suspensão da Redução e também não trouxe solução imediata para a
falta de docentes na rede.
Em vista disso a categoria vai
cruzar na próxima terça-feira (28), quando o Sindicato estará novamente reunido
com o governo, para pressionar a apresentar nova proposta que atenda às
demandas da rede. Na manhã do dia seguinte haverá uma assembleia geral com
indicativo de greve na Escola Municipal Dois de Julho no bairro de Itinga, e de
lá a categoria sai em caminhada até o largo do Caranguejo, com uma manifestação
contra a precarização do ensino público de Lauro de Freitas e pelas garantias
do interesse do trabalhador em educação.
Serviço
O Que: Paralisação dos Trabalhadores em Educação no Município de
Lauro de Freitas.
Quando: Terça-feira (28) durante todo o dia e reunião de negociação
com o governo às 14h no Centro de Cultura de Portão. Na quarta-feira (29)
Assembleia geral com indicativo de greve na Escola Municipal Dois de Julho em
Itinga.
Fonte: Valdir Silva – Diretor Geral da ASPROLF Sindicato - Contato:
8881-7545
Contato: 3348-0409
Visite o Blog da ASPROLF: http://asprolfimprensa.blogspot.com.br/
Assessoria de Imprensa: Dayse
Macedo (71-9387-9431)
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