O Conselho Municipal de Saúde reuniu hoje representantes
da área de saúde do município de Lauro de Freitas, Estado, sindicatos e
trabalhadores para discutir a saúde do trabalhador no município de Lauro de
Freitas no I Encontro de Saúde, realizado na manhã desta quinta-feira (16) no
auditório da Secretaria Municipal de Saúde.
O evento que tem como principal objetivo conhecer,
intervir, avaliar o trabalho do trabalhador do município seja ele público ou
privado para dessa maneira, de forma contínua e sistemática criar soluções e
políticas públicas que melhorem as condições de trabalho e a qualidade de vida
do funcionário.
Os debates que foram bem amplos, levando em conta a
importância da temática, foi conduzido pela coordenadora do Conselho da CIST
(Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador), e representante de várias
entidades ligadas ao tema como o Núcleo Regional de Saúde, diretoria do
Hospital Geral Menandro de Farias, CEREST (Centro de Referência em Saúde do
Trabalhador), além de entidades sindicais como o SINDECOLF (Sindicato dos Comerciário
de Lauro de Freitas) e a ASPROLF Sindicato dos Trabalhadores em Educação
representado na Comissão de Saúde pelos Coordenadores Executivos Nícia Bastos e
Valdir Silva. Era esperada a presença do secretário municipal de saúde, Bruno
Barreto que não compareceu, causando uma baixa negativa para o governo justo no
momento em que se discute um assunto tão importante.
O município de Lauro de Freitas é um dos poucos no
Estado que implantaram a CIST, que para que funcione bem e dê resultados, é
essencial a participação de todos os envolvidos. Ver o trabalhador como alguém
que vai além da importância da produção é pensar em qualidade tanto do espaço
de trabalho quanto do profissional e na imagem da empresa, que sempre será
vista como segura. Hoje no município o Hospital Geral Menandro de Farias, que é
do Estado, funciona desde 2013 com um CIAST que trabalha com várias ações como
a notificação e as ações preventivas para evitar os acidentes com materiais
pérfuro cortantes e biológicos. Se um trabalhador tiver algum problema
relacionado, desde acidente de trabalho ou doença desenvolvida, pode procurar a
Vigilância da Saúde do Trabalho (servidor público) ou a Saúde Ocupacional do
Trabalhador, no caso do funcionário da empresa privada.
Entre os destaques do que foi discutido está a
visão das empresas e das entidades públicas com relação ao trabalhador e como o
trabalhador vê e é tratado pela assistência pública de saúde; daí uma contradição:
é bem comum o trabalhador recorrer a um plano de saúde privado ao invés do
público, o SUS (Sistema Único de Saúde), que por uma lógica do cuidado com a
saúde do trabalhador, deveria receber do governo uma atenção maior para que
funcionasse à contento com um atendimento humano, efetivo e eficaz. Valdir
Silva da ASPROLF, sugeriu um levantamento da saúde do servidor municipal, o que
resultaria da criação de políticas públicas direcionadas pra esse tema.
A programação desse Encontro foi dividida em duas
partes, a primeira com palestras sobre política nacional de saúde do
trabalhador, doenças, agravos e notificações relacionadas ao trabalho, como o
Estado e o município trata essa questão e o quão estão preparados para ela e
uma mesa redonda com interação do público com os palestrantes que discutiram de
forma ainda mais abrangente o assunto.
A segunda parte deste evento será na próxima
quarta-feira (22) no mesmo local, quando está programada a apresentação de um
painel que vai trazer as atuais condições de trabalho no município, com levantamentos
do RH e da Secretaria Municipal da Administração e no encerramento, uma Oficina
de Trabalho com a leitura dos encaminhamentos deste I Encontro de Saúde do
Trabalhador.
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