terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Mantega chama de "incongruência" mínimo maior que R$ 545

Com as galerias da Câmara dos Deputados mais ocupadas do que o plenário, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentou hoje (15) as razões do governo para enviar o projeto de lei que prevê o salário mínimo de R$ 545 para este ano. Sem muita atenção dos deputados, Mantega classificou como uma incongruência conceder um aumento maior, como pede os sindicatos e oposição,  justamente no momento em que o governo anuncia um corte de R$ 50 bilhões no Orçamento federal.

“Seria uma incongruência darmos um aumento superior a R$ 545 sem recursos para viabilizar, visto que não estava previsto no Orçamento. Temos um corte que vai ocorrer. Tirar do Orçamento um aumento maior significa cortar em outro lugar. E isso é inviável”, declarou.

Insistindo no discurso de manutenção do acordo fechado com as centrais sindicais em 2006, que passou a valor no ano seguinte, o ministro da Fazenda afirmou que romper o compromisso seria o mesmo que descumprir futuros acordos e promover um clima de desconfiança sobre as propostas apresentadas pelo governo. "Não podemos abrir exceção. Temos de estabelecer um clima de confiança quanto aos compromissos e despesas do futuro. Isso é essencial para a manutenção da credibilidade do governo brasileiro" afirmou em discurso.

Mantega apresentou uma série de argumentos para que o governo fincasse pé nos R$ 545. Apesar das justificativas técnicas mostradas pelo Ministro da Fazenda e e na contramão do que ele chama de contraditório (com relação a um valor maior que  oferecido pelo governo), a oposição quer um valor maior que R$600, e as centrais que antes pediam um valor de R$580, decidiram agora aceitar um reajuste o valor de R$560. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), no entanto, mantém a reivindicação de um mínimo de R$580.

A votação para o reajuste do salário mínimo está prevista para acontecer nesta quarta-feira (16). As informações são do JB Online.

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