segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Suzane disputa na Justiça herança avaliada em R$ 5,5 milhões

A Justiça decidiu que a jovem é indigna de receber herança

Suzane von Richthofen, condenada em 2006 a 39 anos e meio de prisão pelo assassinato dos pais Marísia e Manfred von Richthofen, deixará de receber mais de R$ 5,5 milhões de herança. O valor corresponde a metade do espólio deixado pelo casal morto em 2002.
Na terça-feira (8), a Justiça decidiu que a jovem é indigna de receber a herança, pois foi condenada, junto com Daniel e Cristian Cravinhos, pela morte dos pais. O dinheiro deixado pelo casal foi apontado como a principal motivação para o crime, ocorrido na casa da família, na Zona Sul de São Paulo.
O inventário dos Richthofen mostra o quanto Suzane pretendia herdar. Apenas em propriedades em São Paulo, o casal deixou cerca de R$ 8 milhões, segundo valores de hoje em dia. Além da mansão onde o casal foi assassinado, que hoje está fechada, há outros imóveis: uma casa em uma rua próxima, outra no bairro do Ibirapuera; um apartamento no Jabaquara, parte da propriedade de outra casa, um terreno sem benfeitorias e seis terrenos em São Roque, no interior do estado.
Além disso, Manfred e Marisia tinham mais de R$ 3,1 milhões (valor atual) entre contas bancárias, dólares e direitos trabalhistas. Foi pela metade dos mais de R$ 11,1 milhões que o casal foi assassinado. Suzane recebeu a notícia de que não terá acesso à herança na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, onde está presa. Há pouco mais de um ano, ela tentou o benefício do regime semi-aberto, porque já havia cumprido um sexto da pena, mas uma comissão de peritos a examinou.  A juíza que viu o laudo concluiu que ela não pode sair por ser dissimulada e que o aparente bom comportamento poderia ser mais uma encenação, dessa vez para sair da cadeia. Os advogados de Suzane não comentaram a decisão a respeito da herança, mas ainda podem recorrer.


Um Prpjeto Lei que está em tramitação determina que criminosos que planejam a morte ou matam os pais para ficar com a herança poderão perder o direito ao espólio. Este projeto  tornaria automática a perda da herança em casos como o de Suzane tramita no Congresso.
Idealizada pela advogada Maria Aparecida Evangelista, que defende o irmão de Suzane, Andreas von Richthofen, a lei, se aprovada, irá tirar do restante da família da vítima a decisão de dividir a herança com o criminoso. “Num caso desses, sempre a família fica muito fragilizada. É uma decisão difícil. Se fosse automático seria melhor. Seria uma decisão automática, uma decisão do Código Civil”, disse a defensora.
Em 2006, quando estava em liberdade, Suzane queria controlar os bens da família. Na Justiça, porém, corria um processo movido em interesse do único irmão, na época menor de idade, para destituí-la do direito de herança. Em entrevista a um programa de Tv naquele ano, Suzane foi orientada pelo advogado a chorar em frente às câmeras. “Suzane, está na hora de você chorar para seu irmão ficar de joelhos e pedir moradia”, disse o defensor.
Após a entrevista ter sido veiculada, com trechos da conversa do advogado, o juiz Richard Chequini, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, mandou que a jovem voltasse à prisão. Para o magistrado, ela representava uma ameaça à vida do irmão. “Eu diria que ela é potencialmente perigosa. Ela tinha acesso à casa do irmão, sem que este soubesse, ou pior, sem que este permitisse essa presença dela em sua casa”, afirmou o juiz.
Fonte: Correio da Bahia com informações do G1.



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